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Pelo 14º mês consecutivo, a economia brasileira anda de ré. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de fevereiro teve baixa de 0,29% ante janeiro, com ajuste sazonal. Em janeiro, havia amargado uma baixa de 0,68% (dado revisado) - também na margem com ajuste.

O índice de atividade calculado pelo BC passou de 135,39 pontos em janeiro para 135,00 pontos em fevereiro, na série dessazonalizada. O resultado do IBC-Br ficou um pouco melhor do que a mediana de -0,50% obtida com as estimativas dos 37 analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, mas dentro do intervalo, de queda de 1,70% à alta de 0,34%.

No primeiro bimestre deste ano, a retração foi de 6,14%, pela série sem ajustes sazonais. Também pela série observada, é possível identificar uma queda de 4,63% nos 12 meses encerrados em fevereiro.

Na comparação entre os meses de fevereiro de 2016 e 2015, houve baixa de 4,54% na série sem ajustes sazonais. Na série observada, o IBC-Br ficou em 130,65 pontos em fevereiro, ante 128,21 pontos de janeiro. O indicador de fevereiro de 2016 ante o mesmo mês de 2015 mostrou uma retração menor do que a apontada pela mediana (-5,00%) das previsões dos 35 analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções (-9,85% a -4,10%).

Revisão metodológica

O Banco Central promoveu uma revisão metodológica na apuração do IBC-Br, conforme informou no momento da divulgação do Relatório Trimestral de Inflação no fim do mês passado. De acordo com o BC, a nova série incorpora a estrutura de produtos e avanços metodológicos do Sistema de Contas Nacional - Referencia 2010, do IBGE.

Destacam-se também a incorporação da PNAD Contínua em substituição à Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). “A despeito das modificações implementadas, as séries do IBC-Br antes e após as alterações descritas apresentam evolução similar”, segundo o BC. Naquele mesmo dia, a instituição divulgou a nova série já com as revisões atualizadas.

Média dezembro-fevereiro

O IBC-Br registrou baixa de 1,32% no acumulado do trimestre de dezembro a fevereiro na comparação com o resultado dos três meses anteriores pela série ajustada do Banco Central. Já na comparação de dezembro a fevereiro com idêntico período de um ano antes, o resultado do índice foi de queda de 4,63% pela série observada.

Como de costume, o Banco Central revisou dados do Índice de Atividade Econômica na margem na série com ajuste. Esta é a primeira vez que o BC divulga o dado depois da revisão metodológica - os indicadores de referência já estão atualizados. O que se pode observar, é que as alterações feitas foram de menor magnitude em relação à metodologia mais antiga.

Em janeiro, o porcentual passou de -0,61% para 0,68%. Em dezembro, o resultado foi alterado de -0,18% para 0,17%. Em novembro, o dado permaneceu em -0,86%. Em outubro, mudou de uma queda de 0,09% para baixa de 0,10%. Em setembro, a retração de 0,73% também foi mantida. Em agosto, a redução passou de 0,37% para 0,41%. A taxa de julho continuou em -0,39%.

Em junho, a taxa ficou em -0,78%, e não em -0,77%, como o BC divulgou anteriormente. Em maio, o IBC-Br caiu -1,13%, como já havia sido apontado anteriormente. Em abril, a taxa nova também não sofreu alterações (-0,87%). Em março, a queda de 0,31% ficou no lugar da de 0,39%. Em fevereiro, a nova taxa é de 0,43%, e não mais de -0,32%. Em janeiro, o indicador atualizado é de -0,84% em substituição a -0,90%.

As últimas vezes em que o IBC-Br teve alta foi no final do ano passado. Em novembro, o índice subiu 0,57% (a apuração anterior apontava para alta de 0,54%) em e dezembro, 0,54% - ante 0,59%.

Conhecido como “prévia do BC”, o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A atual previsão oficial do BC para a atividade doméstica deste ano é de queda de -3,5%. No Relatório de Mercado Focus da última segunda-feira, 18, a mediana das estimativas do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) estava em -3,80%.

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