A atividade econômica brasileira ficou praticamente estagnada em maio na comparação com o mês anterior, apontou o Banco Central nesta sexta-feira (17), ecoando a dificuldade de recuperação da economia após um resultado fraco em abril.

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O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve variação positiva de 0,03% em maio sobre o mês anterior, de acordo com dados dessazonalizados.

O resultado mostra melhora diante da queda de 0,88% em abril na mesma base de comparação, em dado revisado para baixo pelo BC após divulgação anterior de recuo de 0,84%. Com isso, a trajetória de contração da atividade prossegue no país, em um ambiente marcado por ajuste fiscal, inflação alta, aperto da política monetária e aumento do desemprego.

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Até maio, o indicador acumula queda de 2,64%. Já na comparação com o mesmo mês de 2014, o IBC-Br tem queda de 3,08%, e mostra perda de 1,68% em 12 meses, sempre em números dessazonalizados.

O resultado em maio foi positivamente impactado pela alta de 0,6% na produção industrial do país no mês sobre abril, em um desempenho inesperado que interrompeu três meses de queda.

Por outro lado, as vendas no varejo brasileiro caíram 0,9% em maio, no pior desempenho para o mês em 14 anos e muito abaixo das expectativas.

A economia brasileira vem sendo contaminada por uma fraqueza disseminada entre os setores, levando economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central a projetar contração do PIB de 1,50% neste ano.

Se confirmada a estimativa, esta será a pior leitura para a atividade em 25 anos e o primeiro resultado negativo desde 2009.

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O IBC-Br incorpora projeções para a produção no setor de serviços, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.