O valor da cesta básica em Curitiba ficou em R$ 375,26 no mês passado, o que representa uma alta de 7,24% em relação a outubro. No acumulado do ano, o aumento chega a 18,81% e, em 12 meses, a alta é de 17,54%. Os números foram divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioecônomicos.
O aumento na cesta básica é mais uma comprovação da tendência de elevação dos preços na capital. Segundo pesquisa do IBGE divulgada também nesta quarta, a inflação acumulada em Curitiba nos últimos 12 meses ultrapassa 12%. No ano, a cidade apresenta a inflação mais alta entre as 13 capitais pesquisadas pelo IBGE, de 11,31%.
Dos 13 produtos da cesta básica curitibana, 12 tiveram aumento no preço em novembro – apenas o café baixou 1,31%. Os itens que mais pesaram foram a banana (alta de 36,76%), batata, (27,68%), açúcar (14,21%) e tomate (12,53%).
Segundo os cálculos do Dieese, o custo da alimentação para uma família curitibana (um casal e duas crianças) ficou mês passado em R$ 1.125,78 e, considerando os valores da cesta e demais itens de necessidade básica, o salário mínimo do trabalhador teria de ser de R$ 3.399,22.
JORNADA DE TRABALHO
O brasileiro precisou, em novembro, de 97 horas e 54 minutos de trabalho, em média, para adquirir os produtos da cesta básica, contra a jornada de 92 horas e 36 minutos em outubro. A diferença, porém, é ainda maior em relação ao mesmo período do ano passado. Em novembro de 2014, o tempo exigido era de 91 horas e 44 minutos.
Em novembro, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu 48,37% do salário mínimo líquido — descontado o valor da Previdência Social — para comprar os itens, contra 45,75% em outubro. Em novembro de 2014, o comprometimento do vencimento com a compra da cesta equivalia a 45,32%.
No acumulado do ano, a banana é o produto que teve a maior alta em Curitiba, de 79,35%. Em seguida vem a batata, com 40,65%, e o tomate, com 28,66%.
Demais capitais
Além de Curitiba, o preço da cesta básica registrou alta no mês de novembro nas outras 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. Brasília foi o local com a maior alta (9,22%), seguida por Campo Grande (8,66%), Salvador (8,53%) e Recife (8,52%). Na outra ponta da tabela, Belém registrou a menor elevação (1,23%).
Entre dezembro de 2014 e novembro de 2015, as 18 cidades pesquisas pelo Dieese registraram alta no preço da cesta. Salvador foi a capital com a maior variação (26,40%), enquanto Belém registrou a menor (7,74%), informou o instituto.
A pesquisa, divulgada nesta quarta-feira, mostra também que todas as capitais apresentaram aumento nos preços durante o ano de 2015. A capital baiana novamente chamou a atenção, registrando elevação de (20,69%); seguida por Campo Grande (19,55%) e Curitiba (18,81%). Belém (5,87%) e Goiânia (6,85%) registraram as menores variações.
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