A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 2,689 bilhões em agosto, resultado de US$ 15,485 bilhões em exportações e US$ 12,729 bilhões em importações. No acumulado do ano, o saldo ficou positivo em US$ 7,297 bilhões. Os embarques realizados nos oito primeiros meses de 2015 somaram US$ 128,347 bilhões, enquanto os gastos no exterior atingiram US$ 121,050 bilhões. Os números foram divulgados nesta terça-feira (1) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Assim como vem ocorrendo ao longo dos últimos meses, não há melhora da performance exportadora brasileira. Ao contrário, as vendas externas de agosto caíram 24,3% ante o mesmo mês de 2014. Porém, as importações estão caindo mais, diante da forte elevação do dólar: 33,7% em igual período de comparação. No ano, as exportações decresceram 16,7% e as compras externas, 21,3%. Desde janeiro, a moeda americana registra uma valorização de quase 40% frente ao real.
Conta petróleo
Com a melhora do saldo acumulado no ano, o déficit em conta petróleo, que é a diferença entre a exportação e a importação de petróleo e derivados, diminuiu de US$ 10,878 bilhões em 2014 para US$ 3,210 bilhões em 2015.
No mês passado, houve queda nas exportações das três principais categorias de produtos: básicos (25,3%), semimanufaturados (15,3%) e manufaturados (24,8%). Com reflexo da redução das cotações das commodities, as vendas de farelo de soja caíram 49,3%; de minério de ferro, 49,1%; fumo em folha, 28,1%; e carne bovina, 24,3%. Também houve redução acentuada nas exportações de óleos combustíveis, açúcar refinado, veículos de carga e ferro fundido.
Da mesma forma, diminuíram as compras no exterior dos principais grupos da pauta, devido ao desaquecimento da atividade econômica. As importações de combustíveis e lubrificantes decresceram 64,9%; de matérias-primas e intermediários 32,8%; de bens de consumo (21,5); e de bens de capital, 21,5%.
Destinos
Por ordem decrescente, os cinco principais destinos de produtos brasileiros em agosto foram China, Estados Unidos, Argentina, Países Baixos e Japão.
Na outra ponta, os maiores fornecedores de bens para o Brasil foram China, EUA, Alemanha, Argentina e Espanha.
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