Bancários fecham mais de metade das agências de Curitiba e RMC

A greve nacional dos bancários já fecha mais da metade das agências bancárias em Curitiba e Região Metropolitana nesta sexta-feira (20). O balanço é do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana, que contabilizou 268 estabelecimentos fechados até o meio dia deste segundo dia de paralisação. No total, a capital paranaense possui 532 agências. A estimativa é de que 13,2 mil, de 18,2 mil funcionários, estejam de braços cruzados.

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Conforme informações do sindicato, a paralisação começa a afetar também agências mais distantes da região central. Tem confirmação de agências os bairros Centro, Centro Cívico, Bacacheri, Portão, Novo Mundo, Alto da XV e Tarumã.

Além disso, outras cidades da região metropolitana também têm estabelecimentos bancários paralisados. Colombo, Rio Negro, Lapa, São José dos Pinhais e Campo Largo confirmaram adesões à paralisação nesta manhã.

Previsão

O presidente do sindicato, Otávio Dias, estima que a tendência a partir de agora é de que cada vez mais as agências de bairro também comecem a fechar. "Quando você tem o anel central paralisado, as agências mais próximas vão também aderindo, eu diria que em solidariedade aos colegas. Ocorre que eles vão se juntando aos demais bancários, com bancários ligando uns para os outros, pedindo se está disposto a ir para o movimento. Isso tem acontecido nos anos anteriores."

A mobilização dos funcionários seguirá durante toda a sexta com a mesma estratégia do primeiro dia, com a realização de piquetes em frente a agências. Os bancários em greve tentam impedir a entrada de colegas nas agências com a intenção de aumentar a adesão ao movimento e paralisar o atendimento bancário. Ao longo do dia, segundo Otávio, novos números da manifestação devem sair. Não há previsão de ato público dos manifestantes, apenas uma assembleia de avaliação deve ocorrer no fim da tarde.

Primeiro dia

No primeiro dia de manifestação, a greve dos bancários impactou com menos força o fechamento de agências em Curitiba e região metropolitana que em 2012, quando o movimento conseguiu, no primeiro dia de paralisação, interditar atividades em 212 agências. A redução foi de aproximadamente 31,6%.

Os principais focos na capital são registrados no Centro, onde a maioria dos bancos fecharam, Centro Cívico e Portão. Araucária, Campo Largo e São José dos Pinhais também já tiveram a paralisação de agências confirmadas no primeiro dia. O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana informou ainda que 13 centros administrativos (sem atendimento aos clientes) de bancos públicos e privados amanheceram completamente paralisados.

O cenário da greve é diferente no estado como um todo, no qual o número de agências fechadas no restante do estado superou em 49,3% o registrado na última paralisação. Enquanto esta greve já conseguiu fechar 230 das 1.059 agências existentes no interior do estado, no ano passado foram apenas 154.

Consumidores não devem ser afetados

O Procon-PR alerta que questões entre empregados e empregadores não devem prejudicar os consumidores, mas que a paralisação não isenta o consumidor de pagar suas contas dentro do prazo estipulado pelo credor. Para evitar eventuais encargos, como multas e juros pelo não pagamento da dívida em dia, a primeira atitude é ligar para a agência na qual possui conta para saber se ela aderiu à greve. Caso tenha aderido, procure saber se outra agência está operando.

Caso não seja possível utilizar uma agência bancária, a solução é procurar, o quanto antes, o credor e solicitar outra opção de local para efetuar o pagamento, como internet, sede da empresa, casas lotéricas, código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos, e outros. É importante lembrar que a greve a princípio não afeta o funcionamento dos caixas eletrônicos das instituições financeiras, e o pagamento de contas de serviços públicos como água, luz e telefone pode ser feito em casas lotéricas e em alguns supermercados (veja imagem abaixo).

Comprovantes

O cliente deve guardar os comprovantes, tanto os que indicam que ele buscou o credor para solicitar outra forma de pagamento, quando os comprovantes de pagamento feitos por outros canais, como internet e telefone. "No caso da internet, o comprovante pode ser impresso. Pelo telefone, o consumidor deve anotar o número do protocolo", diz o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Idec).

Contas em atraso

Para quem tem conta como luz, água, telefone, gás em atraso, a orientação é fazer o pagamento normalmente pelos canais alternativos do banco (internet, telefone, corresponde bancário). As próprias concessionárias de serviço público costumam inserir os juros e as multas na conta do mês seguinte.

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