O Banco do Brasil espera fechar o ano com cerca de R$ 1 bilhão destinados ao financiamento imobiliário, só com recursos da poupança, segundo informou Agência Brasil o diretor de Novos Negócios do banco, Paulo Rogério Caffarelli. Considerando o valor médio de financiamento de R$ 80 mil por mutuário, a perspectiva é firmar sete mil contratos este ano para pessoa física.
A meta é chegar até 2012 entre os três grandes financiadores da área imobiliária. O mercado, atualmente, é liderado pela Caixa Econômica Federal, banco Itaú e Bradesco.
Para 2009, ainda não foram fechadas as projeções na área imobiliária. O BB atua, desde dezembro do ano passado, no sistema de crédito imobiliário com recursos próprios, por meio do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI). E a partir de junho passou a operar no mercado de crédito imobiliário com recursos da caderneta de poupança, pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
Balanço parcial do banco mostra que o volume de contratos imobiliários pelo SFH ainda é pequeno, mas o crédito aprovado, ainda não contratado, já supera os R$ 500 milhões.
O Banco do Brasil passa a ser mais um banco grande de varejo a oferecer esse produto, como forma de ajudar na resolução do déficit habitacional, observa Caffarelli. O país tem, hoje, segundo o Ministério das Cidades, um déficit de oito milhões de moradias.
Outro produto para aquisição da casa própria é o consórcio de imóveis, por meio do qual o mutuário pode optar por pagar a metade das cotas mensais e quitar o restante quando já estiver morando no imóvel. É uma modalide de 200 meses de financiamento.
O objetivo, segundo Caffarelli, é poupar o mutuário da despesa dupla, já que quem entra em consórcio para financiar a compra da casa própria, em geral, paga aluguel.
Geralmente, [o consórcio] é para aquelas pessoas que ainda não têm seu imóvel próprio. E também, não querem, ou não podem naquele momento, adquirir aquele imóvel. Então, começam a pagar o consórcio, disse.
As cartas de crédito para aquisição de imóveis pelo BB Consórcio de Imóveis têm valor mínimo de R$ 30 mil e máximo de R$ 300 mil.
Na área de crédito imobiliário, segundo o diretor de Novos Negócios, o BB tem foco nas faixas de cinco a dez salários mínimos e acima de dez salários.
Ele destacou que, embora seja a Caixa Econômica a instituição do sistema financeiro com perfil mais voltado para camadas de baixa renda, nada impede que, no futuro, o Banco do Brasil passe também a ser mais um agente nessas faixas de renda mais baixa.
Caffarelli lembrou ainda que o banco busca prestar um atendimento de acordo com o perfil do cliente. Por isso, opera no mercado imobiliário com clientes pessoas físicas e jurídicas, sendo que este último segmento engloba as construtoras e incorporadoras. A nossa idéia é, justamente, ter um produto adequado e aderente a essa realidade dos nossos clientes.
O BB financia até 80% do valor do imóvel. O financiamento para pessoa física vai de R$ 20 mil a R$ 1,5 milhão. E para pessoa jurídica de R$ 1 milhão até R$ 100 milhões.