O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou nesta sexta-feira (20), no Rio de Janeiro, que o Banco Mundial (Bird) perdeu força para financiamentos e se tornou pequeno diante da demanda por infraestruturas econômicas e sociais de vários continentes.

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A declaração foi dada para justificar a criação de um banco de fomento econômico e social pelos países que compõem o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O assunto foi debatido no encontro dos chefes de Estado ocorrido na Índia no final do mês passado.

Segundo o chefe do BNDES, o mundo carece de bancos de fomento. "A África, por exemplo, tem demandas, mas não consegue financiamento. Eles têm um banco, mas é pequeno", disse. "Os investimentos na economia e no social são onerosos e precisam de instituições fortes para fazê-lo".

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De acordo com Coutinho, a criação do banco de fomento dos Brics está sendo discutida pelos ministros de economia dos países. O ministro da Fazsenda, Guido Mantega, representa o Brasil no G-20 e deve trabalhar na formatação da instituição. "É preciso discutir a governança, o capital inicial, os focos de operação, entre outros. Depois dessa etapa, cada país deve aprovar o projeto nos respectivos congressos", afirmou Coutinho.

O presidente do BNDES também afirmou que não vê impactos negativos para o Brasil na decisão de expropriação da Repsol/YPF pelo governo da Argentina. "Estamos acompanhando, mas não enxergamos impactos para o Brasil. Isso é uma questão soberana de cada país", disse.