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Os dirigentes do BRDE esperam que o banco comece, ainda neste semestre, a retirar recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) sem precisar que o dinheiro passe pelo BNDES. Desta forma, o spread bancário (diferença entre o valor do empréstimo e o custo de captação) cairia para investimentos de grande volume – com exceção do setor agropecuário, que tem planos específicos – para 1% mais a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que hoje está em 6,5%. Hoje o BNDES cobra de 1% a 4% mais a TJLP.

Segundo Carlos Frederico Marés, diretor do BRDE, a mudança também permitiria atender melhor aos pequenos e micro empresários, que muitas vezes deixam de diversificar seus investimentos por causa do BNDES. "Se uma pequena empresa quer comprar uma máquina, ela faz um projeto para o BNDES, que trata financiamentos de R$ 50 mil e R$ 50 milhões da mesma maneira. No meio do caminho, se a empresa descobre uma mesma máquina usada por um preço mais baixo, ela não pode comprar, o BNDES não permite. Conosco seria diferente. Deixaríamos a empresa comprar a máquina e usar o dinheiro que sobrou para investir em outra coisa", disse.

Para permitir que o BRDE tenha acesso ao FAT, o banco articula uma parceria com o Banco do Estado de Santa Catarina (BESC), que é uma instituição de âmbito federal e pode solicitar recursos do fundo. Porém, por enquanto o BESC está na lista de bancos privatizáveis do governo federal, o que o impede de fazer este tipo de operação, segundo Marés. (MS)

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