Os bancos alemães estão considerando recorrer conjuntamente ao pacote de ajuda apresentada pelo governo para evitar o que poderia ser um processo caótico, informa a revista alemã Focus. O plano de resgate de 480 bilhões de euros do governo alemão foi aprovado pelo parlamento na sexta e imediatamente transformado em lei e entra em vigor nesta segunda-feira. Segundo uma importante autoridade do setor bancário não identificada, os bancos privados e regionais irão discutir uma forma única de negociação.
No entanto, Martin Blessing, presidente do Commerzbank, o segundo maior da Alemanha, disse ao jornal Bild em uma entrevista publicada neste sábado que o banco iria examinar o pacote de ajuda de forma detalhada "para definir se ele nos interessa".
Com o pacote, bancos podem fazer pedidos diretos de garantias de empréstimos de outros bancos com prazo menor que 36 meses. Para este propósito, o governo reservou 400 bilhões de euros. Além disso, os bancos também podem pedir ao governo mais recursos, em troca de participação nos bancos, de outro fundo de 80 bilhões de euros. Acordos entre os bancos e o governo ainda precisam ser estabelecidos caso a caso e apenas serão tornados públicos se os advogados dos bancos requererem. De outra forma, permanecerão confidenciais.
Os bancos devem aceitar certas condições para terem acesso ao pacote. O governo irá considerar a estratégia dos bancos, o uso dos recursos, a remuneração dos órgãos do governo e a política de dividendos. Outras condições devem ser estabelecidas durante uma reunião ministerial na segunda-feira pela manhã ou definidas caso a caso. O Ministério das Finanças pretende colocar um limite de 500 mil euros para os salários dos principais diretores dos bancos que aceitarem a ajuda e eliminar o pagamento dos dividendos.
O fundo irá existir até 31 de dezembro de 2009, quando será liquidado. Se o governo ainda possuir ações nos bancos, ele as venderá no "tempo certo pelo melhor preço".
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