Atentos à instabilidade provocada nos mercados acionários pela crise europeia, Itaú, Santander e Caixa estão lançando mais fundos de capital protegido. Esse investimento permite aplicar em renda variável ao mesmo tempo em que garante, no mínimo, o retorno integral do capital inicial. Mas, como os riscos são baixos, a rentabilidade costuma ser previamente limitada. Nos últimos 12 meses, esses fundos renderam menos do que os de renda fixa, também considerados seguros, e do que os indexados ao Ibovespa.
Para proteger o capital inicial do fundo, a maior parte de patrimônio é aplicada em renda fixa, principalmente em títulos públicos. O restante é investido em derivativos, geralmente em opções do Ibovespa, o principal índice da Bolsa de São Paulo. Derivativos são operações em que os valores e as características de negociação estão vinculados a outros ativos que lhes servem de referência, ou seja, derivam de outro ativo. As opções são contratos que reservam ao seu detentor o direito de comprar ou vender mercadorias ou títulos em uma data futura e a um preço predeterminado. O investimento em opções de índice permite obter lucros tanto na queda quanto na alta do indicador.
Por isso, os fundos lançados por Caixa e Santander oferecem rentabilidade tanto se o Ibovespa subir ou cair. No entanto, isso deve ocorrer dentro de barreiras previamente estipuladas pelos fundos, de acordo com as expectativas em relação ao índice. Em ambos os casos, a barreira de baixa é de 20%. Já a de alta é de 50% no Santander e de 43,5% na Caixa.