Os bancos que atuam no Brasil captaram no mês de abril R$ 4,136 bilhões em depósitos de longo prazo com garantia especial, segundo dados da Câmara de Custódia e Liquidação (Cetip). Esse instrumento de captação é aquele em que o investidor tem garantidos até R$ 20 milhões pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Essa alternativa foi aprovada pelo governo federal no final de março e entrou em funcionamento no dia 1º de abril.
Diferente dos certificados de depósitos bancários (CDBs), esses depósitos não podem ser negociados pelos investidores que o comprarem. A medida vale para os ativos emitidos com prazo mínimo de seis meses e máximo de cinco anos. Para isso, o banco emissor paga um prêmio de 1% sobre o valor emitido ao FGC. A garantia protege o investidor no caso de liquidação de um banco. Nesse caso, o FGC faz o pagamento em até três dias úteis.
Bancos de médio porte avaliam que a dinâmica de captação de recursos no mercado voltou ao normal. "A situação voltou ao normal na dinâmica de captação. E o que os bancos têm conseguido captar, eles têm conseguido emprestar", afirmou o presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Renato Oliva. "Realmente a captação deslanchou", disse o diretor executivo do FGC, Antônio Carlos Bueno. "Os bancos não têm enfrentado nenhuma dificuldade em captar. Estamos voltando à normalidade", completa.