Líderes de partidos da base aliada e deputados e senadores ligados às causas dos aposentados construíram nesta quarta-feira (7) chegaram a um acordo para dar um aumento maior para quem recebe benefícios previdenciários acima de um salário mínimo. A proposta deve ser votada na próxima semana na Câmara dos Deputados e seguir para o Senado na sequência. O acordo fechado nesta tarde envolve a base aliada nas duas casas e será ainda levado para o Executivo.
O governo encaminhou uma Medida Provisória e reajustou em janeiro deste ano em 6,14% os benefícios de aposentados e pensionistas. O acordo da base eleva este reajuste para 7,71%, o que equivaleria a um reajuste baseado na inflação mais 80% do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2008. O reajuste maior será retroativo a janeiro.
O impacto do reajuste a mais seria de R$ 1,7 bilhão, segundo as contas do deputado Paulinho da Força (PDT-SP), presidente da Força Sindical. O temor da Câmara era de fechar um percentual menor e depois ver o Senado elevar o valor. Por isso, os deputados procuraram os senadores e construíram uma proposta conjunta. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ficou de apresentar o percentual para o Executivo. Ele disse já terá acertado este valor com a oposição no Senado.
Para o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), com o entendimento entre os parlamentares a questão está resolvida. "Com esse percentual de 80% do PIB está tudo certo. O Jucá vai falar com a equipe econômica e votamos na semana que vem".
No acordo ficou combinado também que será retirada da Medida Provisória questões relativas a reajuste em 2011. A proposta do governo era manter a vinculação com o PIB, mas como em 2009 não houve crescimento econômico os parlamentares decidiram deixar este tema para depois.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião