Em apenas dois meses de atuação do Fundo Garantidor de Operações (FGO), o Banco do Brasil liberou 22 mil empréstimos, no total de R$ 720,2 milhões, para micro e pequenas empresas, principalmente dos setores de comércio (57,4%) e de serviços (26,2%).
De acordo com balanço das atividades da nova linha de crédito lastreada pelo FGO, implantada no final de agosto último, o BB informa que nos meses de setembro e outubro foram fechadas 22 mil operações com valor médio de R$ 33 mil, destinadas em sua maioria para capital de giro. Grande parte delas (66%) para estados das regiões Sudeste e Sul.
O BB já trabalhava com linha de crédito específica para micro e pequenos empresários, mas a vinculação dos empréstimos ao FGO torna o banco mais competitivo no segmento, uma vez que as taxas ficaram cerca de 30% menores. Além disso, com as alterações das normas de alocação de capital para fundos garantidores de crédito, anunciadas pelo Banco Central, o FGO amplia o potencial do BB para novos empréstimos.
Uma das alterações, relativa ao Índice de Basileia, prevê a aplicação de apenas 50% do fator de ponderação de risco ao empréstimo tomado com cobertura do FGO para pequenas empresas e empreendedores individuais. Antes, o BB tinha que imobilizar 11% do valor de um empréstimo. A gora, com a operação lastreada pelo FGO, tem de reservar apenas metade (5,5%), aumentando os recursos disponíveis para outras operações de crédito.
"A medida é mais um incentivo para a criação de mecanismos como os fundos garantidores de crédito, que reduzem riscos para a instituição financeira, garantem melhores taxas para os tomadores finais e, agora, ainda trazem benefícios para a alavancagem de operações de crédito", de acordo com o vice-presidente de Crédito, Controladoria e Risco Global do Banco do Brasil, Ricardo Flores.
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