O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, disse nesta quinta (25) que é errado pensar o plano do governo norte-americano de revisar as regras financeiras dos EUA como algo que irá aumentar enormemente a autoridade do banco central. "Não é um aumento excessivo nos poderes", disse Bernanke à Comissão de Supervisão e Reforma do Governo da Câmara dos Representantes, que marcou a primeira defesa pública do presidente do Fed ao plano financeiro anunciado recentemente pelo presidente dos EUA, Barack Obama, e o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner.

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Segundo Bernanke, embora o plano de renovação da administração Obama busca tornar o Fed em um super-regulador do sistema financeiro dos EUA para que possa melhor monitorar as firmas financeiras e os potenciais "riscos sistêmicos" à economia, é melhor pensar na proposta como uma mudança na abordagem em vez de um significativo aumento nos poderes do banco central. Não é "uma grande mudança" em termos de poderes comparado com o que atualmente temos no lugar, disse Bernanke.

Os comentários do presidente do Fed foram feitos em resposta as manifestações de ceticismo dos deputados com relação a dar ao banco central norte-americano uma nova autoridade para monitorar o sistema financeiro. Os críticos argumentam que o Fed foi muito lento para agir para ajudar a evitar a crise financeira e falhou em fazer o suficiente para proteger os consumidores.

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Inflação

Com relação as preocupações dos deputados norte-americanos sobre a imensa oferta de dinheiro que o Fed vem injetando no sistema financeiro, o presidente do banco central disse que está confiante de que instituição pode sair de seus programas de resgate enquanto mantém a inflação sob controle.

"Acreditamos que podemos fazer isso", disse Bernanke à Comissão de Supervisão e Reforma do Governo da Câmara. "Temos todos os instrumentos para fazer isso. Estamos comprometidos com a estabilidade de preço e vamos garantir que isso acontecerá.

O presidente do Fed esteve no Congresso dos EUA para depor sobre o papel do Fed na aquisição do Merrill Lynch pelo Bank of America (BofA). Mas ele também enfrentou perguntas sobre riscos de inflação, o plano da administração do presidente Obama para reformar as regras financeiras do país e a decisão dos formuladores da política de permitir o colapso do Lehman Brothers, em setembro de 2008. As informações são da Dow Jones.

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