O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, disse nesta quinta que, pessoalmente, considera que "não é preciso" prorrogar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os produtos da linha branca de eletrodomésticos e para veículos. Na avaliação de Paulo Bernardo, a economia do País "está boa" e, portanto, não há necessidade desse incentivo. O ministro fez a ressalva de que essa é uma opinião pessoal dele e observou que não há uma definição do governo sobre o assunto.
Bernardo acredita que o governo fará, neste ano de 2010, um superávit primário no valor da meta cheia, que é de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo ele, o governo não terá nenhuma dificuldade em voltar ao rigor fiscal e à meta maior. O superávit primário é a economia que o governo faz para o pagamento de juros da dívida pública.
"E vamos fazer isso neste ano", afirmou Paulo Bernardo. Ele disse que o governo tem feito um esforço fiscal muito grande, ao longo dos dois mandatos (do presidente Luiz Inácio Lula da Silva), à exceção do ano passado, quando fez uma inflexão na meta por causa das "ameaças" à economia causadas pela crise financeira internacional.
Paulo Bernardo disse ainda que, em todos os anos, o governo fez um superávit maior que a meta, inclusive um de cerca de 5% do PIB. O ministro reclamou da imprensa, afirmando que é muito dura com o governo, mas não com o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), que declarou que seu partido, se chegar à Presidência da República, mudará a política cambial e a política de metas de inflação e acabará com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
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