Balanço parcial
Vendas online na Black Friday superam R$ 870 milhões
Estadão Conteúdo
As vendas ao longo da Black Friday somaram R$ 871,9 milhões nas lojas online do Brasil em 2014. O valor é 48% maior do que o registrado na mesma data há um ano, segundo dados da empresa responsável por análises de risco ClearSale e da criadora do site Black Friday.com.br, a Busca Descontos.
Foram registrados 2,092 milhões de pedidos pela internet. O levantamento ainda revela que os produtos mais procurados pelos consumidores foram os eletrônicos, com 42% das vendas, seguidos dos artigos de esporte e lazer, com 15%. Na sequência, apareceram os itens de informática (11%), viagens (10,6%) e moda (7,3%).
O tradicional dia de descontos está em sua quarta edição no Brasil e também englobou o comércio de lojas físicas, porém os dados sobre as vendas nessa categoria não foram divulgados até o momento.
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A Black Friday deste ano terminou nesta madrugada com mais de 12 mil queixas registradas no site Reclame Aqui. Foi a quinta edição brasileira da promoção.
Segundo o Reclame Aqui, a loja que liderou o ranking de reclamações do site foi a Americanas.com, com 1.221 reclamações, seguida pela Submarino (1.100), Saraiva (682), Shoptime (235) e KaBuM! (197). "Só as duas primeiras colocadas somaram 2.321 queixas e superaram o número de reclamações que ambas recebem em média em um mês, que é de 2.046 reclamações", afirmou o site.
Entre os problemas mais recorrentes, o Reclame Aqui destaca problemas de navegação nos sites de comércio eletrônico, maquiagem de preços, além de dificuldades de continuar a compra depois que o produto é colocado no carrinho da loja virtual.
Uma forma de "maquiagem" identificada pelos consumidores, segundo o site, foi a cobrança de frete caro, compensando o desconto no preço.
O Reclame Aqui informou ainda que "problemas de lentidão" nos sites das empresas também causaram muita dor de cabeça para os consumidores.
Segundo o diretor de marketing do Reclame Aqui, Felipe Paniago, o consumidor estava mais bem informado neste ano e isso foi um ganho para a edição 2014 da Black Friday Brasil. "Percebemos que os brasileiros aprenderam bastante com os problemas do ano passado e pesquisaram muito mais antes de comprar neste ano", disse.
Outro lado
Procurada na sexta-feira, a B2W não se pronunciou sobre as informações divulgadas pelo Procon.
A Saraiva informou, também na sexta, que ainda não foi notificada oficialmente sobre o assunto e por isso preferiu não se manifestar sobre as irregularidades apontadas. Em nota, a empresa afirma que "reforça que tem por missão garantir a melhor experiência do consumidor que busca cultura, entretenimento e informação, e que o primeiro de seus valores é o atendimento com busca na excelência dos serviços prestados".
A Cnova, empresa formada pela união da Nova Pontocom e Cdiscount, informa que tomou conhecimento pela imprensa a respeito do ranking divulgado pelo órgão. "A companhia recebeu a notícia com surpresa, já que até as 14h do dia 28 de novembro recebeu, se somadas todas as marcas operadas pela Cnova, 24 reclamações do órgão a respeito do tema."
Segundo a empresa, desde o início da Black Friday, não foram apresentados problemas técnicos em relação aos sites da companhia: Extra.com.br, CasasBahia.com.br, Pontofrio.com, Barateiro.com.br e Cdiscount.com.br.
"Para manter a transparência com os consumidores, as lojas online facilitaram a identificação dos itens promocionais da data por intermédio do selo Black Friday. A empresa também mantém a Central de Relacionamento com o cliente ativa por 24 horas durante a Black Friday, por meio do telefone do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), redes sociais e chat. Os sites Cnova pautam suas ações de acordo com a lei e com premissas que asseguram os direitos e o bom atendimento aos consumidores, portanto mantém uma relação de diálogo com o Procon-SP. Por isso, está em contato com o órgão para entender os critérios adotados no ranking", afirma a empresa em nota.
Aumento nas vendas
Somente na quinta-feira (27), o faturamento registrou 53% de aumento em relação ao dia anterior da Black Friday de 2013, quando foram registrados R$ 217 milhões em compras.
O valor do tíquete médio nas compras da sexta-feira, até as 12h, foi de R$ 600. O dado também surpreende se comparado ao previsto, de R$ 355 para este ano.
Os produtos que mais colaboraram para o aumento do faturamento foram celular e smartphones, TVs, notebooks, eletrodomésticos, console de games e tablets.
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