O aumento da demanda de projetos de investimento na área de informática e tecnologia da informação (TI) estimulou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a elevar de R$ 1 bilhão para R$ 5 bilhões o orçamento do seu Programa para o Desenvolvimento da Indústria Nacional de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (Prosoft). O anúncio foi feito nesta quinta - feira (8) pelo banco.
Somente no período janeiro a julho deste ano, a carteira de projetos em análise no BNDES Prosoft totaliza R$ 1,4 bilhão. "É um futuro de desembolsos", disse à Agência Brasil o chefe do Departamento de Indústria Eletrônica do BNDES, Maurício Neves. O valor corresponde à metade da carteira de projetos do Prosoft no acumulado dos três últimos anos, até julho de 2009, da ordem de R$ 2,8 bilhões. "A carteira está muito grande", disse Neves.
O BNDES Prosoft tem o objetivo de apoiar e promover o crescimento da indústria nacional de tecnologia da informação e sua internacionalização. O programa se subdivide em Prosoft Empresa, Prosoft Comercialização e Prosoft Exportação. No Prosoft Empresa, que visa apoiar o plano de negócios das companhias, o destaque é a participação das micro, pequenas e médias empresas (MPEs), que respondem por cerca de 85% das 108 operações diretas realizadas desde 1999.
Maurício Neves ressaltou a diversidade e a criatividade das pequenas e médias empresas nacionais de informática e TI. "Como o mercado interno de software (programas de computador) no Brasil é muito representativo, existe um conjunto enorme de oportunidades para as empresas, que elas aproveitam das mais diversas formas", afirmou. Entre elas, citou o desenvolvimento de softwares de produtos em nichos específicos e a prestação de serviços de TI.
Na avaliação de Neves, mais importante ainda do que os recursos emprestados pelo Prosoft é o incentivo à melhoria de gestão. "A contrapartida do Prosoft em relação aos recursos está muito ligada à governança, à gestão. Então, uma das coisas que o Prosoft impulsiona as pequenas e médias empresas é para esse lado. É como se a gente estivesse preparando um ativo para, no futuro, ele vir a ser mais atrativo para outro investimento e, quem sabe, chegar ao mercado de capitais", afirmou. Isto significa profissionalizar as pequenas e médias empresas, completou.
O engenheiro destacou também a ocorrência de dois movimentos significativos no lado das grandes empresas. Um deles está ligado a processos de consolidação, como fusão e aquisição, "e até a criação de grupos empresariais mais fortes". Neves lembrou que a própria Política de Desenvolvimento Produtivo (PDA) estabelece como meta a criação de dois grupos nacionais com faturamento superior a R$ 1 bilhão. "Essa é uma lógica que permeia muito o movimento das grandes empresas", disse.
As companhias de grande porte objetivam também conquistar uma posição de maior destaque no mercado exterior. "Existe uma baita chance de o Brasil se colocar no cenário internacional de maneira muito positiva, talvez sendo a melhor alternativa em software e TI". Para isso, ele considera importante que existam no país grandes empresas, cujos serviços podem ser contratados junto ao segmento das MPE.
O BNDES Prosoft foi criado em 1999 e tem prazo de vigência até 31 de julho de 2012. O banco considera que a Política de Desenvolvimento Produtivo do governo federal, lançada no ano passado, contribuiu para a expansão da demanda por recursos da instituição.
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