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PEC

BNDES melhora condições para capital de giro e cartão

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou mudanças no programa especial de crédito (PEC) de capital de giro, anunciado em novembro, e no Cartão BNDES como parte das medidas contra a retração de crédito provocada pela crise internacional. O programa para capital de giro que ia até 30 de junho, com R$ 6 bilhões, fica em vigor até 31 de dezembro deste ano.

Cerca de R$ 900 milhões desses recursos iniciais já estão analisados ou enquadrados. Somando os recursos para cooperativas agrícolas, fora do PEC, e os que foram aprovados hoje pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), há mais R$ 1 bilhão para capital de giro, disse o diretor do BNDES Maurício Borges Lemos.

Os prazos no PEC foram ampliados de 13 para 24 meses para o pagamento total, de cinco para 12 meses de carência e de oito para 12 meses de amortização. As garantias aceitas foram ampliadas também. Os juros não mudaram. "A reclamação não era tanto de custo, era de prazo", informou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

O banco também anunciou que vai financiar capital de giro para cooperativas agrícolas com até R$ 10 milhões por cooperativa. O limite de crédito por cooperativa, que antes era só para crédito a investimento e agora é para a soma de investimento e capital de giro, aumenta de R$ 35 milhões para R$ 50 milhões.

A instituição de fomento divulgou também que ampliará o limite de financiamento do cartão BNDES de R$ 250 mil para R$ 500 mil; com redução dos juros de 1,13% para 1,00% ao mês e aumento do prazo de 36 para 48 meses. Além disso, a lista de serviços e insumos que podem ser comprados automaticamente com o cartão será ampliada.

Emprego

O BNDES está "analisando como criar incentivos positivos para o emprego", informou Coutinho. Em entrevista coletiva à imprensa, ele foi claramente contra a possibilidade de condicionar a concessão de crédito pelo banco à manutenção de empregos. "Não seria inteligente fazer uma operação punitiva. Queremos fazer operação positiva", afirmou. De acordo com ele, a condição punitiva "pode ser contraproducente" para o emprego.

Ele afirmou que o banco e o governo como um todo estão atentos à questão do emprego. "O que nós pudermos fazer para que as empresas mantenham seus empregos ou posterguem demissões, nós vamos fazer", disse. No entanto, lembrou que no Brasil o regime é de livre iniciativa.

Para o presidente do BNDES, é de interesse geral, inclusive do setor empresarial, a sustentação dos empregos, já que esse é um fator que ajuda a manter as vendas. Segundo Coutinho, "sustentar investimento é a forma mais eficiente de manter emprego".O presidente lembrou que o governo prepara medidas de apoio ao emprego fora do BNDES, como um pacote para a construção civil.

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