O governo do presidente interino, Michel Temer, anunciou nesta quinta-feira (25) a criação de uma linha de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para financiar a compra de ativos de empresas que estejam em recuperação judicial.
O anúncio da medida, feito pela presidente do banco, Maria Silvia Bastos, e pelo ministro Dyogo Oliveira (Planejamento) ocorreu no Palácio do Planalto, na mesma manhã em que o Senado iniciou a fase final do julgamento do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff.
A compra da empresa em recuperação judicial -ou de parte dela- só poderá ser feita, de acordo com o governo, por empresas que estejam com as contas em dia.
O programa terá orçamento de R$ 5 bilhões e ficará em vigor até agosto de 2017. De acordo com o governo, não haverá subsídio do Tesouro Nacional. A linha contará com recursos que o BNDES já tem disponível.
“O crédito não será para a empresa em recuperação judicial. Será para que uma empresa saudável compre parte ou todo o ativo da empresa em recuperação judicial”, explicou o ministro. “Pode ser a linha de produção de uma fábrica, uma fábrica inteira, a empresa inteira”, completou a presidente do BNDES.
Segundo o BNDES, só no primeiro semestre deste ano, 923 empresa entraram em recuperação judicial.
O maior processo de recuperação judicial da história do Brasil foi aberto neste ano. A Oi, maior operadora do Brasil em telefonia fixa, empatada com a Vivo (cada uma tem participação de 34,4%), e a quarta em celular, com 18,6% do mercado, tem uma dívida de R$ 65,4 bilhões.
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