China e Estados Unidos foram os "gatilhos" para que boa parte dos investidores disparasse ordens de venda no mercado de ações brasileiro no último pregão. Em sintonia com os demais mercados globais, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve sua pior baixa desde 12 de novembro do ano passado. A taxa de câmbio não ficou incólume a essa onda de nervosismo e cravou R$ 1,801, maior preço em quase quatro meses. Neste mês, a moeda americana já valorizou-se 3,41%, enquanto a bolsa caiu 3,38%. Ontem, o Ibovespa, termômetro dos negócios da bolsa paulista, cedeu 2,83% no fechamento, aos 66.270 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,61 bilhões.A expansão da economia chinesa, que suscitou temores de mais aperto monetário no país asiático, e os balanços desanimadores das grandes instituições financeiras norte-americanas serviram para assustar os investidores logo na abertura dos negócios. Para completar o dia, o presidente dos EUA, Barack Obama, baixou medidas para regulamentar o sistema financeiro que azedaram de vez o ânimo dos agentes financeiros.
"Essas medidas são necessárias, mas acho que o mercado, principalmente o americano, não estava preparado. Eles esperavam que o sistema financeiro consolidasse por si mesmo, através de aquisições, de melhora dos resultados", comentou Marcelo Mattos, operador da corretora Geraldo Correa.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast