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Mercado

Bolsa recua com nova equipe e queda do petróleo

O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, fechou o pregão à vista desta quinta-feira (27) com desvalorização de 0,68%, aos 54.721 pontos. A queda foi influenciada fundamentalmente pelo tombo nas ações da Petrobras no dia.

O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, subiu 0,87% para R$ 2,529. A moeda à vista, referência no mercado financeiro, teve alta de 0,54%, cotada em R$ 2,5138.

A queda da Bolsa foi influenciada fundamentalmente pelo tombo nas ações da Petrobras no dia que foram os papéis que tiveram as maiores quedas entre os negociados no Ibovespa.

As ações preferenciais da estatal, mais negociadas, caíram 4,68%, para R$ 13,44. As ordinárias, com direito a voto, recuaram 3,92%, fechando cotadas em R$ 12,75.

No momento da oficialização de Joaquim Levy como ministro da Fazenda, o índice, que subia até então, passou a cair. Leandro Ruschel, diretor da escola de investimentos Leandro & Stormer, explica que o mercado sempre antecipa as cotações de informações futuras e desconta quando elas são realizadas, e isso explica em parte a queda do pregão desta quinta (27). "É a máxima: 'O mercado sobe no boato e cai no fato'", diz o analista

Mas, além disso, o grande motivador para a queda do dia da Petrobras, na visão de Ruschel, foi a queda abrupta do preço do petróleo nesta quinta-feira, diante do anúncio da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) que não cortaria a produção da commodity. "Não é usual uma queda de 6% no preço do petróleo", pondera.

Segundo Ruschel, se no curto prazo a queda do preço do petróleo é boa porque reduz a diferença entre o preço pelo qual a Petrobras compra a gasolina lá fora e vende no país, no longo é ruim porque pode inviabilizar o pré-sal.

Câmbio

Durante a entrevista em que traçou um panorama do que pretende fazer continuando à frente do Banco Central, Alexandre Tombini sinalizou que o BC pode encerrar ou reduzir o volume do programa de intervenções diárias no câmbio de novos contratos de swap no fim de dezembro.

Manteria, no entanto, o estoque atual por meio de operações de renovação (rolagem) desses papéis. Para ele, não há "qualquer necessidade, no curto e médio prazo", de reduzir esse volume.

Na avaliação de operadores, essa possibilidade de redução do programa de intervenções afetou a cotação do dólar. "Olhei na tela [que marca os indicadores] quando ele disse isso e a cotação realmente subiu", disse Marcos Trabbold, operador da B&T Corretora de Câmbio.

Nesta quinta, o Banco Central realizou novo leilão de 4.000 contratos de swap cambial (operação que equivale a uma venda futura de dólares) dentro do programa de intervenções diárias no câmbio. O valor alcançado foi de US$ 197,4 milhões.

Na operação de rolagem de hoje - a qual Tombini sinalizou que continuará sendo feita -, a autoridade monetária renovou o vencimento de 14 mil contratos de swap com data para a próxima segunda-feira, dia 1º, por um valor total de US$ 684,8 milhões.

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