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Mercado

Bolsa renova maior pontuação em um ano e meio antes de pesquisa eleitoral

A corrida pelo Planalto reduziu a pressão sobre o câmbio e garantiu a segunda alta seguida do principal índice da Bolsa brasileira nesta terça-feira (26), que renovou sua maior pontuação em um ano e meio. Especulações sobre um avanço de Marina Silva na disputa pela Presidência e até uma possível vitória da candidata do PSB sobre a presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno da eleição de outubro, segundo analistas, ajudaram o Ibovespa a fechar em leve alta de 0,14%, aos 59.821 pontos.

Com isso, o índice voltou a atingir seu maior nível desde 1º de fevereiro do ano passado, quando ficou em 60.351 pontos. A marca já havia sido batida no pregão de ontem. O volume financeiro movimentado nesta terça foi de R$ 7,282 bilhões.

As expectativas eleitorais giram em torno da pesquisa Ibope prevista para esta semana. Outro levantamento, da CNT/MDA, será divulgado na quarta (27). Em nota, a CNT disse que a pesquisa mostra "forte crescimento" de Marina Silva e queda da presidente Dilma e Aécio Neves (PSDB).

Na primeira e única pesquisa eleitoral até o momento com Marina Silva já como candidata do PSB, do Datafolha, a ex-senadora apareceu empatada tecnicamente com Dilma em um eventual segundo turno. Para Eduardo Velho, economista-chefe da gestora Invx Global, os investidores enxergam com bons olhos a possibilidade de mudança de governo, uma vez que eles têm dado constantes sinais de insatisfação com a gestão das companhias estatais e o desempenho fraco da economia.

As ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras oscilaram bastante ao longo do dia. Após terem subido mais de 2%, fecharam em baixa de 0,91%, a R$ 21,84 cada uma. Outras estatais subiram: os papéis do Banco do Brasil tiveram ganho de 0,61%, a R$ 31,43, enquanto a ação preferencial da Eletrobras avançou 1,44%, a R$ 11,95.

Quem liderou a ponta positiva do Ibovespa foi a ação da Oi, com alta de 10,74%, a R$ 1,34. O avanço seguiu a valorização de quase 7% dos papéis da Portugal Telecom na Bolsa de Lisboa, após a portuguesa, que está em processo de fusão com a Oi, esclarecer investimentos que tinha na Espirito Santo Investimentos.

Na outra ponta do mercado, a Cemig liderou as perdas do Ibovespa, após ter recomendação pelo JP Morgan reduzida de neutra para "underweight" -abaixo da média do mercado. O papel cedeu 5,66%, a R$ 18,83.

CÂMBIO

No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve desvalorização de 0,71% sobre o real, cotado em R$ 2,270 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, mostrou queda de 1,13%, a R$ 2,264.

O Banco Central deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, através do leilão de 4.000 contratos de swap (operação que equivale à uma venda futura de dólares), pelo total de US$ 197,4 milhões.

A autoridade também promoveu um outro leilão para rolar os vencimentos de 10 mil contratos de swap previstos para 1º de setembro, por US$ 494,7 milhões. Até o momento, o BC já rolou cerca de 78% dos papéis com prazo para o primeiro dia do mês que vem.

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