Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Mercado

Bolsa segue tendência mundial e cai impactada por China e eleições

A preocupação dos investidores com a desaceleração econômica da China derrubou os mercados financeiros ao redor do mundo nesta segunda-feira (22). A Bolsa de Valores brasileira, que também foi afetada pela especulação eleitoral, não foi exceção e encerrou o dia no vermelho. O Ibovespa, seu principal índice, teve retração de 1,68%, a 56.818 pontos. Trata-se do menor nível desde o dia 15 de agosto, quando a Bolsa teve alta de 2,12%, impulsionada pela incerteza eleitoral decorrente da morte do candidato Eduardo Campos (PSB).

A queda foi puxada pela desvalorização da Vale e de estatais como a Petrobras e o Banco do Brasil. A mineradora foi impactada pela declaração do ministro das Finanças chinês, Lou Jiwei, de que não alteraria dramaticamente a política econômica do país em virtude do mau resultado de um indicador. O pronunciamento esfriou as expectativas dos investidores que esperavam novos estímulos à economia chinesa. "A declaração acabou fazendo com que o mercado ficasse um pouco mais cauteloso e isso impactou as ações da Vale e das empresas de siderurgia", afirma William Araújo, executivo da equipe de análises da Um Investimentos.

Além disso, a Vale também foi impactada por uma nova redução nos preços do minério de ferro na China. O preço do produto com entrega imediata ficou abaixo dos US$ 80 pela primeira vez em cinco anos, cotado a US$ 79,80. No ano, a desvalorização do minério de ferro já chega a 41%.Como resultado, as ações ordinárias da empresa, que dão direito a voto, caíram 3,67% (a R$ 27,28), enquanto os papéis preferenciais, de maior liquidez, retrocederam 4,13%, para R$ 23,87.

Já as companhias estatais sofreram perdas com as especulações do mercado financeiro sobre a pesquisa Vox Populi, que mediu a intenção de voto dos eleitores durante o fim de semana. A divulgação do resultado deve ocorrer ainda nesta segunda.

Investidores apostam que a pesquisa trará um novo avanço da presidente Dilma Rousseff (PT), ao mesmo tempo em que acirra a disputa entre Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) pela segunda colocação.O mercado financeiro acredita que os principais candidatos de oposição adotariam uma gestão menos intervencionista nas companhias estatais. Logo, uma alta de Dilma Rousseff nas pesquisas diminui o apetite dos investidores por papéis dessas empresas.

Por causa desse movimento, as ações ordinárias da Petrobras caíram 2,26%, negociadas a R$ 19,40. Os papéis preferenciais recuaram 1,53%, a R$ 20,59. O Banco do Brasil e a Eletrobras também registraram queda nas suas ações ordinárias.

Na contramão

A TIM foi uma das poucas empresas a ter ganhos no pregão desta segunda-feira. "Um dos principais motivos seria a possibilidade de consolidação do setor de telecomunicações", diz Araújo. Os papéis da companhia subiram 0,90%, negociados a R$ 13,50.

O banco Santander também encerrou o dia em alta, de 0,8%, com ações cotadas a R$ 16,30. Para Araújo, a valorização está relacionada ao programa de recompra de ações do Santander Brasil, implementado pela matriz espanhola. A operação deve ocorrer em outubro.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.