As principais bolsas de valores norte-americanas terminaram a terça-feira (22) com baixa superior a 1%, depois que a queda inesperada das vendas de moradias usadas em maio e a ruptura de um importante nível técnico minaram o apetite por compras.
O Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 1,43%, para 10.293 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 1,19%, para 2.261 pontos. O Standard & Poor's 500 perdeu 1,61%, a 1.095 pontos.
As ações apresentavam variações modestas numa sessão com pouco volume de negócios até que o S&P 500 caiu abaixo da média móvel de 200 dias, que tem sido uma base de suporte nos últimos dias.
Os papéis de construtoras recuaram após a Associação Nacional de Corretoras informar que as vendas de moradias usadas caíram inesperadamente em maio, no mais recente de uma série de fracos relatórios sobre a economia.
D.R. Horton cedeu 2,9%, enquanto Toll Brothers perdeu 2,9%. O índice imobiliário do Morgan Stanley teve baixa de 2,6%.
"Isso diz a você quão fraca a demanda está e cria muita incerteza sobre aonde a economia está indo", disse James Meyer, vice-presidente de investimento da Tower Bridge Advisors, em West Conshohocken, Pensilvânia.
O S&P 500 encerrou abaixo dos 1.111,33 pontos, média móvel dos últimos 200 dias.
"Não é um bom sinal", afirmou Bill Strazullo, sócio e estrategista-chefe de investimento da Bell Curve Trading, em Boston. "O próximo nível à vista é 1.050 (pontos). Você quebra e já era. O rali de março de 2009 acaba... é realmente crítico o que está acontecendo aqui."
Companhias do setor de energia também figuraram entre as de desempenho negativo, em meio a preocupações com regulação. Empresas que realizam perfuração de poços de petróleo mostraram valorização por um breve momento após um juiz suspender a moratória de seis meses imposta pela Casa Branca para perfurações em águas profundas.
Mas o governo do presidente Barack Obama disse imediatamente que vai recorrer, o que derrubou o setor.
As ações da Cabot Oil & Gas despencaram 6,2%. O índice de energia do S&P caiu 1,3%.
Do lado positivo, os papéis da Apple subiram 1,3%, refletindo notícias de que a companhia vendeu 3 milhões de iPads desde o lançamento do produto em abril. Somado a isso, duas corretoras elevaram o preço-alvo para a empresa.
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