As bolsas de valores dos Estados Unidos subiram nesta sexta-feira, alcançando sua terceira valorização mensal seguida, uma vez que os preços de commodities em alta levaram a um avanço de ações de empresas de recursos naturais. A queda do dólar impulsionou o interesse por multinacionais, incluindo a Coca-Cola.
Investidores se animaram após um relatório demonstrando que, em maio, a confiança do consumidor norte-americano atingiu seu ponto mais alto em oito meses, enquanto a alta nos preços das commodities incentivou apostas de que a demanda fora dos EUA será a base de uma recuperação da economia global.
Os preços futuros do petróleo subiram 1,23 dólar em Nova York, ou quase 2 por cento, para 66,31 dólares por barril, o que sustentou ganhos de ações como as da Chevron, da Exxon Mobil e da ConocoPhillips. O índice de energia S&P teve alta de 1,2 por cento.
As ações da Coca-Cola, que tem a maior parte das vendas fora dos EUA, saltaram quase 5 por cento, após a maior queda do dólar em cinco meses ante moedas internacionais.
A fabricante de bebidas foi o principal estímulo da Dow, seguida da empresa de tecnologia IBM, cujas ações avançaram 1,5 por cento.
"Está claro para mim, com base nas ações do mercado, que viramos uma página na economia", afirmou Sasha Kostadinov, administradora de portfólio e analista de pesquisa da Shaker Investments.
"A dúvida que tenho é, quando tivermos uma visão melhor do que está à frente, se será um crescimento melhor e uma inflação moderada ou se será um crescimento lento e uma inflação pesada."
O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, avançou 1,15 por cento, para 8.500 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 1,29 por cento, para 1.774 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 1,36 por cento, para 919 pontos.
Desde que atingiu seu nível mais baixo em 12 anos no início de março, o S&P 500 teve valorização de 35,9 por cento.
No acumulado de maio, o S&P 500 subiu 5,3 por cento, o Dow Jones avançou 4,1 por cento e o Nasdaq teve alta de 3,3 por cento.
Embora a alta nos preços do petróleo seja um estímulo para empresas de energia, um salto nos custos de energia podem apresentar um vento contrário para consumidores e para o comércio, em um momento em que investidores buscam uma recuperação dos gastos para impulsionar a economia.
Além disso, um salto nos preços de commodities aumenta o espectro de pressões inflacionárias no longo prazo.