A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) viveu seu terceiro pregão seguido de perdas nesta segunda-feira (11), puxada pela queda dos papéis das blue chips (as grandes empresas que ditam o rumo dos negócios), provocada pelo recuo no preço das commoditiesno mercado internacional.
Após abrir em alta com notícias positivas do cenário interno, o índice Ibovespa - referência para o mercado brasileiro - iniciou uma queda ainda na parte da manhã. Após intensificar o recuo durante a tarde, o indicador terminou o pregão com baixa de 3,29%, aos 54.720 pontos, menor nível desde o nível 23 de janeiro.
As ações preferenciais da Vale recuaram 4,14%, para R$ 34,70, em mais um dia negativo do setor de mineração e siderurgia. As preferenciais da Gerdau Metalúrgica perderam 5,25%, valendo R$ 28,85.
Na cola das cotações do petróleo, que chegaram a cair ao menor nível em mais de 3 meses e terminaram na casa de US$ 114, as ações preferenciais da Petrobras cederam 2,2%, a R$ 32,81.
No mercado de câmbio, o dólar manteve a sequência de valorização, acompanhando a tendência internacional, e fechou em alta pelo sexto pregão consecutivo. A moeda norte-americana subiu 0,44%, a R$ 1,616, acumulando ganho de 3,46% em seis dias. Panorama interno
Entre os destaques positivos do cenário interno está o nível de emprego na indústria brasileira, que acumula alta de 2,7% desde o início do ano, o melhor resultado do setor desde o início da série histórica do IBGE, em 2001.
O mercado também analisa as projeções do boletim Focus, que mostrou recuo nas expectativas de inflação. Segundo os agentes do mercado, a nova projeção é que o custo de vida oficial medido pelo IPCA termine o ano em 6,45%, dentro do teto da meta estabelecida pelo governo.