A bolsa brasileira devolveu os ganhos na parte da tarde e terminou "no vermelho", com seu principal índice abaixo dos 50 mil pontos, afetada pela reação negativa em Wall Street ao comunicado do Federal Reserve, divulgado com a decisão de manter o juro norte-americano entre zero e 0,25%.
O Ibovespa caiu 0,28%, aos 49.672 pontos. No dia, foram negociados R$ 5,3 bilhões, segundo dados preliminares.
O comunicado do Fed não trouxe grandes novidades, mas a observação de que a recessão da economia norte-americana está arrefecendo e sinalização de que diminuiu sua preocupação com uma possível espiral de queda dos preços abriram espaço para especulações sobre alta de juros nos Estados Unidos.
Isso recolocou as taxas dos Treasuries em trajetória ascendente e reverteu os ganhos nos índices acionários Dow Jones e S&P 500. No fechamento, contudo, o S&P 500 retomou o campo positivo com alta de 0,65%, mas o Dow persistiu em queda, de 0,28%.
Para alguns profissionais, a reação reproduziu uma máxima do mercado: "subiu no boato e realizou no fato".
De volta à bolsa brasileira, o desempenho negativo das blue chips Petrobras e Vale também pesou.
No caso da estatal, os papéis foram afetados pelo recuo ao redor de 1 por cento dos preços do petróleo com a preferencial caindo 1,18%, a R$ 31,03, enquanto a ordinária recuou 1,32%, a R$ 38,21.
A preferencial da Vale cedeu 2,35%, a R$ 29,48, e a ordinária perdeu 2,27%, a R$ 34,06. O diretor financeiro da mineradora, Fabio Barbosa, disse que a situação atual é bem melhor no mercado do que a verificada no quarto trimestre de 2008, mas que a recuperação deverá ser lenta.
Na cena corporativa, repercutiu nas mesas de operações o anúncio da VisaNet de que eliminou 19 corretoras de sua oferta inicial de ações, uma das maiores operações do tipo no mundo dos últimos meses.
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