O principal índice brasileiro de ações caiu ao menor patamar desde outubro de 2011 nesta sexta-feira (7), perdendo importante suporte técnico nos 52 mil pontos, após a agência de risco Standard & Poor's fazer um alerta sobre a saúde econômica do país. O Ibovespa teve queda de 2,39%, a 51.618 pontos, na contramão dos mercados globais. O giro financeiro do pregão foi de R$ 8,12 bilhões.

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Com isso, o índice perdeu suporte gráfico nos 52.200 pontos, o que deve abrir espaço para quedas adicionais até às mínimas de 2011, perto dos 48 mil pontos, disse o diretor-geral da Enfoque Gráfico, Fausto Arruda.

Na semana, o Ibovespa acumulou baixa de 3,5%, ampliando a perda no ano para 15,3%. "A bolsa já caiu tanto que pode ser que haja algum repique nos próximos pregões, mas é coisa de curto prazo, porque a tendência do mercado é de baixa", disse o operador Douglas Ramos Pinto, da BGC Liquidez em São Paulo.

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A Bovespa já iniciou o pregão desta sexta-feira caindo forte, após a S&P ter revisado na noite da véspera a perspectiva para o rating soberano do Brasil de "estável" para "negativa", citando o fraco crescimento econômico e a política fiscal expansionista do país. "Isso assusta um pouco", disse o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital no Rio de Janeiro, observando que a notícia soma-se à crescente percepção de que o Brasil sofre com uma deterioração fiscal e da dinâmica de crescimento."Das grandes economias, o Brasil é uma das que tem uma das situações mais delicadas do ponto de vista econômico", avaliou.

As ações preferenciais das estatais federais Eletrobras e Petrobras, que também tiveram a perspectiva de rating revisada para "negativa" pela S&P, fecharam o dia no vermelho, em queda de 5,26% e de 3,19%, respectivamente. A construtora Gafisa liderou as perdas do Ibovespa, caindo mais de 10%, no mesmo dia em que anunciou a venda do controle da Alphaville Urbanismo por R$ 1,4 bilhão.

O Ibovespa chegou a reduzir as perdas durante o pregão, ajudado pelo bom humor dos mercados externos, mas o movimento durou pouco. O aguardado relatório de emprego dos Estados Unidos mostrou que a maior economia do mundo está crescendo modestamente, mas não o suficiente para acelerar uma redução das medidas de estímulo do Federal Reserve, banco central norte-americano.

Estrangeiros tiram R$ 1,3 bi da Bovespa após mudança no IOF

Os investidores estrangeiros retiraram R$ 1,33 bilhão da Bovespa apenas na quarta-feira, 5 de junho, após o governo federal zerar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investimentos estrangeiros em renda fixa.

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Com isso, o saldo de recursos externos na Bovespa no acumulado de junho era negativo em R$ 1,97 bilhão, enquanto o saldo no ano diminuiu a R$ 6,56 bilhões positivos.