A Bolsa de Valores de Sâo Paulo encerrou as operações desta quarta-feira em alta de 1,34%, aos 34.835 pontos e volume financeiro de R$ 1,690 bilhão. O dólar comercial caiu 0,72%, cotado a R$ 2,2190 para compra e R$ 2,2210 para venda. O risco-país recuou 3,73%, aos 258 pontos.
Segundo analistas, o dia no mercado foi de expectativa em relação ao que o banco central americano vai decidir, em relação à taxa de juros.
- Os investidores estão muito cautelosos, o que tem reduzido o volume de negócios. E Wall Street continua no foco das atenções - explica a diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares.
- No mercado local, o upgrade da agência de classificação de risco Fitch de 'BB-' para 'BB', para a dívida de longo prazo brasileira, teve um impacto limitado, mas, suficiente para manter a Bovespa em alta - disse o economista-chefe da Corretora Liquidez, Marcelo Voss.
Segundo o especialista, o relatório de Inflação divulgado hoje pelo Banco Central também influenciou positivamente, mesmo com a elevação das projeções de inflação para 2006 e 2007.
LEILÃO
A Bovespa iniciou as operações desta quarta-feira em forte alta, influenciada pelo leilão de privatização da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep), arrematada pelo grupo colombiano Interconexión Eléctrica. As ações da Cteep chegaram a subir 7,36% na Bovespa, a R$ 21,60 (leia mais) .
No entanto, após o leilão e a abertura das bolsas americanas que, por sua vez, refletem expectativas em relação ao aumento dos juros nos EUA, o ritmo de alta diminuiu na Bovespa.
A reunião do comitê de política monetária do banco central (Fomc/Fed) que definirá os rumos da taxa de juros americana começou hoje e termina nesta quinta-feira.
RISCO
A elevação do rating da dívida do Brasil pela agência internacional de classificação de risco Fitch Ratings (clique e leia) fez o risco-país despencar nesta quarta-feira. A queda atingiu 3,73%, com 258 pontos.
O risco-país ou risco Brasil, medido pelo EMBI+ Brasil, um dos principais termômetros da confiança dos investidores na economia, é calculado pelo Banco JP Morgan Chase.
JUROS
Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMeF), os contratos de juros apresentaram tendência mista no fechamento, refletindo o clima de indefinição em relação aos juros, nos EUA.
O relatório de inflação do BC brasileiro e a elevação do rating do país pela Fitch acabaram influindo no desempenho das taxas. O Depósito Interfinanceiro (DI) para julho marcou 15,17% anuais, com alta de apenas 0,03%, enquanto o de outubro ficou em 14,83%, também com ligeira alta de 0,07%.
A taxa para janeiro de 2007 apresentou queda de 0,14%, a 14,71% ao ano. O DI com vencimento para janeiro de 2008, de maiorliquidez e mais negociado, recuou 0,13%, a 15,46% anuais.
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