A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve um pregão instável nesta terça-feira (12), oscilando entre os terrenos positivo e negativo, mas acabou sucumbindo ao mau humor do mercado externo apesar do lucro recorde da Petrobras, que impulsionou a ação com maior peso no índice Ibovespa.

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Com isso, o índice-referência para o mercado brasileiro fechou o dia em baixa de 0,4%, aos 54.502 pontos. O volume financeiro negociado no dia foi de R$ 5,19 bilhões. A desvalorização da Bovespa no ano já chega 14,68%, considerado que o Ibovespa fechou o ano de 2007 aos 63.886.

Dólar sobe pelo sétimo pregão seguido

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Na véspera, a Petrobras divulgou lucro recorde de R$ 8,78 bilhões no segundo trimestre, marca 29% superior ao mesmo período do ano passado. Os analistas esperavam um impacto positivo desta notícia, que acabou não se confirmando.

Economistas disseram que houve embolso de lucros por conta da valorização dos papéis da Petrobras, que chegou a passar de 2% no dia. Ou seja: investidores adquiriram os papéis pela manhã e venderam à tarde.

Setor externo

No setor externo, porém, pesaram sobre os investidores o mau resultado do banco suíço UBS, que teve prejuízo líquido de US$ 329 milhões no segundo trimestre e anunciou a divisão de suas atividades em três entidades autônomas.

Nos EUA, as boslas acabaram por fechar em baixa. O índice Dow Jones - referência para Nova York - teve baixa de 1,19%. Já o índice eletrônico Nasdaq teve desvalorização de 0,38%.

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As bolsas européias tiveram baixa de 0,36% no dia. O banco JP Morgan, que também reportou novas perdas, contribuiu para puxar para baixo os papéis do mercado financeiro no continente.

O ministro da Fazenda, Guido mantega, disse na segunda-feira que está "satisfeito" com o crescimento menor dos preços, conforme registrado nas últimas semanas, mas acrescentou que o governo não pode "descuidar" deste assunto. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,38%, o oitavo recuo consecutivo do indicador.

Por sua vez, o Banco Central divulgou análise na qual afirma que o déficit em transações correntes - um dos principais indicadores das contas externas brasileiras -ter somado US$ 17,4 bilhões no primeiro semestre, o maior desde 1947, não é negativo. A instituição avalia ainda que a melhora é "evidente" contra o período de 1990 a 2002.