O principal índice das ações brasileiras fechou praticamente estável nesta terça-feira (26), com a correção técnica de Petrobras e Vale ajudando a neutralizar o tombo do setor bancário na sessão, após a inadimplência no país ter atingido patamar recorde em maio.
O Ibovespa fechou com oscilação positiva de 0,06%, a 53.836 pontos, após quatro pregões consecutivos de baixa. Nesta terça-feira, o índice oscilou entre alta de 0,72% na máxima e queda de 0,76% mínima intradiária. O giro financeiro foi de R$ 6,2 bilhões.
"Vimos um movimento de recuperação técnica em alguns papéis, mas o cenário continua muito complicado. Com todas as incertezas na Europa e dados ruins também aqui no Brasil, não dá para ficar otimista", disse o operador Pedro Amaro, da PAX Corretora.
"O Brasil já não brilha tanto e isso sem dúvida penaliza a nossa bolsa. Vimos hoje que a situação da inadimplência continuou ruim no país, o que penalizou o setor bancário".
Segundo dados do Banco Central divulgados pela manhã desta terça, o crescimento no mercado de crédito em maio foi acompanhado de inadimplência recorde e recuo na concessão de financiamento.
Banco do Brasil foi destaque de baixa no setor, com queda de 2,36%, a R$ 18,65. Na véspera, o banco estatal anunciou a decisão de aportar R$ 1 bilhão no Banco Votorantim. A Votorantim Finanças, que também é sócia do Banco Votorantim, também investirá a mesma quantia.
Bradesco recuou 0,61%, a R$ 29,32, Itaú Unibanco caiu 0,15%, a R$ 27,16, enquanto a unit do Santander teve baixa de 1,03% , a R$ 15,40.
Hering despencou 7,7%, a R$ 37,06, marcando a maior queda diária desde 22 de setembro de 2011. Segundo operadores, pesou sobre o papel um relatório do Bank of America Merrill Lynch, que iniciou a cobertura de Hering com recomendação "neutra", apontando para um cenário desafiador para a companhia no curto prazo.
OGX recuou 3,79%, a R$ 8,37. Em sentido oposto, Vale e da Petrobras ajudaram a segurar o índice. A preferencial da Vale subiu 1,83%, a R$ 38,93, enquanto a da Petrobras teve alta de 1,12%, a R$ 18,00, devolvendo apenas parcialmente as fortes perdas da véspera.
O cenário externo continuou impondo cautela entre investidores, com os mercados à espera da cúpula da União Europeia na quinta e sexta-feira. "Os mercados ficaram meio parados na expectativa de alguma novidade na zona do euro, antes da reunião dos líderes da região", disse Pedro Galdi, estrategista-chefe da corretora SLW.
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