O crescimento abaixo do esperado da economia dos Estados Unidos e a queda na confiança do consumidor americano derrubaram os principais mercados internacionais nesta sexta, com os investidores preocupados em relação ao desaquecimento da atividade global.
Aqui no Brasil, o principal índice de ações da Bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou em queda de 1,29%, aos 54.252 pontos. Essa foi a segunda queda seguida registrada pelo índice, mas não foi suficiente para inverter sua alta acumulada na semana, de 0,6%.
A queda das ações mais negociadas da Vale, que possuem peso de mais de 8% no Ibovespa, pressionou o desempenho do índice para baixo. Os papéis fecharam com desvalorização de 2,67%, para R$ 31,68 cada. O movimento, segundo analistas, reflete um ajuste à alta de mais de 2% registrada ontem, após a divulgação do resultado da mineradora no primeiro trimestre deste ano ter mostrado números melhores que no último trimestre do ano passado.
Quem também apresentou forte desvalorização foi a Usiminas. Os papéis mais negociados da siderúrgica mineira caíram 5,27%, para R$ 10,06 cada. A companhia divulgou na noite de quinta que seu prejuízo líquido aumentou 232% no primeiro trimestre de 2013 na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 123 milhões, pressionado por despesas financeiras.
Empresas XEm contrapartida, as ações de empresas do grupo EBX, de Eike Batista, registraram ganhos hoje. Os papéis da OGX Petróleo e MMX Mineração avançaram 8,92% e 1,38%, respectivamente, para R$ 1,83 e R$ 2,20.
A MMX anunciou que detém reservas auditadas de 3,6 bilhões de toneladas de minério de ferro nas unidades Serra Azul, Mina Pau de Vinho e Bom Sucesso, um crescimento de 23,7% ante os volumes informados pela companhia em agosto de 2011. Além disso, os investidores seguem na expectativa positiva de que Eike Batista anuncie as negociações com parceiros internacionais, visando uma retomada econômica do grupo EBX.
Nesta semana, a OGX divulgou comunicado informando que "mantém permanentemente contato com vários investidores e existem diferentes possibilidades de negócios com diversas companhias, todas, porém, em estágio prematuro".
O documento, entregue à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), diz que as negociações, por estarem no início, não têm as "características necessárias a ensejar a sua divulgação ao mercado".
Reportagem da Folha de S.Paulo publicada no último domingo diz que a empresa negocia de forma avançada com a petroleira russa Lukoil, que pretende atrair como parceira, e com a malasiana Petronas, para quem deseja passar parte de um campo de petróleo para fazer caixa.
Economia AmericanaNos EUA, o crescimento econômico retomou a força no primeiro trimestre, embora não tanto quanto esperado, o que pode aumentar os temores de que a já enfraquecida economia pode ter dificuldades para lidar com os cortes de gastos do governos e os impostos mais altos.
O PIB (Produto Interno Bruto) expandiu a uma taxa anual de 2,5%, informou o Departamento de Comércio, depois de o crescimento quase ter estagnado em 0,4% no quarto trimestre. O resultado, entretanto, não correspondeu às expectativas dos economistas de uma alta de 3%.
Já a confiança do consumidor dos Estados Unidos recuou em abril, uma vez que os americanos permaneceram preocupados com seus empregos e com as perspectivas financeiras, mostrou a pesquisa da Thomson Reuters com a Universidade de Michigan divulgada hoje.
A leitura final do índice geral de confiança do consumidor caiu para 76,4, ante 78,6 em março, embora tenha superado as expectativas de economistas de 73,2.
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Cid confirma que Bolsonaro sabia do plano de golpe de Estado, diz advogado
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; assista ao Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast