Depois de uma forte presença de investidores estrangeiros ao longo da semana, a Bolsa de Valores de São Paulo tem nesta sexta-feira um dia de baixo volume de negociações. Por volta de 15h, o Ibovespa recuava 0,77%, com 40.502 pontos e volume financeiro de R$ 1,263 bilhão.
Segundo o operador para investidores estrangeiros da Agora Senior, Bernardo Araújo, a projeção de volume até o fechamento dos negócios é de R$ 2,3 bilhões, contra R$ 3,8 bilhões registrados nesta quinta-feira.
- A queda da bolsa de ontem começou a partir da divulgação de dados inflacionários ruins. Lá fora o mercado cedeu e tivemos uma forte realização na Bovespa, com compra do índice no mercado futuro e venda dos papéis à vista. Hoje temos ainda um pouco deste movimento de realização - diz.
O especialista diz ainda que a tendência é de que a bolsa siga a movimentação do mercado americano, embora com uma queda mais aprofundada.
Em Nova York, o Dow Jones recuava 0,09%, a 12.092 pontos. O S&P, por sua vez, caía 0,02%, a 1.378,10 pontos. Impulsionado por balanços corporativos positivos, o Nasdaq subia 0,3%, a 2.383,11 pontos.
Os preços do petróleo registravam forte queda desde o início do dia e influenciaram os papéis da Petrobras no início da manhã. Em Nova York, o WTI recuava 1,21%, a US$ 60,330. Em Londres, o Brent perdia 1,15%, negociado a US$ 58,460. As ações da estatal, no entanto, se recuperaram ao longo do dia e registravam leve alta. A empresa divulga nesta sexta-feira seu resultado financeiro referente ao terceiro trimestre do ano.
O dólar tinha valorização de 0,37%, a R$ 2,15. Segundo Bernardo Araújo, a moeda chegou a ampliar sua alta após a divulgação do IPCA. o indicador subiu 0,33% em outubro , mas está acumulado em 2,33% no ano. A meta central do governo é de 4,5% até dezembro e deverá ser cumprida com folga.
Segundo relatório da corretora de câmbio NGO, não há razão para mudança de projeção de um corte na taxa de juros Selic de, no mínimo 0,50%, mas a ressalva é de que a alta dos preços dos alimentos merece atenção, já que pode ser fruto de um choque mundial de oferta.
A corretora destaca que não há razão para o dólar alterar a sua tendência natural de depreciação, "salvo por razões pontuais em torno do fluxo ou mesmo pela presença de uma ou outra empresa com grande lote".
O risco-país subia 0,46%, para 220 pontos centesimais. Já os contratos de juros futuros, que têm como referência Depósitos Interfinanceiros, se mantinha, estáveis projetando taxa de 13% ao ano.
