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A tensão continuada com os desdobramentos da crise fiscal da zona do euro fazia o mercado acionário doméstico conhecer a sexta sessão seguida no vermelho nesta quinta-feira.

Às 11h50, o Ibovespa assinalava baixa de 3,04 por cento, aos 57.875 pontos, buscando novas mínimas em oito meses. O giro financeiro da sessão somava 2,25 bilhões de reais.

De acordo com profissionais do mercado, o nervosismo permanece com o temor de investidores de que outros países sigam o exemplo da Alemanha, que nesta semana proibiu grandes bancos de operar com vendas a descoberto, tentando evitar que operações especulativas agravem a crise na região.

"De certa forma as medidas são positivas, mas o mercado sempre reage de forma negativa quando sente que está sendo policiado", disse o operador de uma corretora paulista que pediu para não ser identificado.

Outro evento acompanhado com atenção é a reunião de ministros de Finanças da União Européia em Bruxelas, da qual podem ser anunciadas novas medidas para tentar conter os estragos da crise sobre a economia.

De braços dados com as más notícias europeias, decepcionantes indicadores econômicos dos Estados Unidos adicionavam pressão sobre os negócios. Os pedidos de seguro-desemprego no país subiram inesperadamente na semana passada, pela primeira vez desde abril. E o índice de indicadores antecedentes teve no mês passado a primeira baixa desde março do ano passado.

Os principais índices acionários europeus e norte-americanos caíam ao redor de 3%.

Diante disso, pelas mesas de operação a leitura de que os preços dos ativos vão buscar pisos ainda mais baixos que os atuais era consenso, após os índices terem rompido linhas de tendência de prazo mais longo.

"Com a queda de ontem, o Ibovespa abriu espaço para seguir em queda no curto prazo rumo aos 55.740 pontos", escreveu a equipe de análise da Itaú Corretora, em relatório.

As blue chips davam o tom do pessimismo, sendo as que mais pressionavam o Ibovespa. O papel preferencial da Petrobras caía 2,70%, a 27,78 reais, enquanto a da Vale recuava 2,38%, para 38,07 reais.

Barganhas

Em meio à derrocada do Ibovespa, bancos e corretoras já começam a mudar de mão, recomendando compra de alguns papéis que consideram terem sido excessivamente desvalorizados.

O BTG Pactual elegeu Lojas Americanas como sua preferida no setor varejista do país, reforçando a recomendação de compra. O papel, no entanto, caía 2,69%, a 11,58 reais.

Já a Link Corretora mudou recomendação de Fibria de "underperform" para "market perform". A ação da maior produtora mundial de celulose cedia 2,28%, a 28,31 reais.

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