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Crise financeira

Bovespa sobe 14,6% e dólar cai para R$ 2,15 com esforços globais anticrise

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) seguiu a reação positiva dos mercados internacionais e teve um pregão de forte recuperação nesta segunda-feira (13). Depois da pior semana que os mercados já viveram desde o início da crise financeira atual, o Ibovespa, referência para o mercado brasileiro, registrou alta de 14,66%, aos 40.829 pontos.Dólar tem forte queda no dia e fecha valendo R$ 2,14

Foi a maior alta para o índice Ibovespa desde 15 de janeiro de 1999, quando o índice Ibovespa havia subido 33% em um só dia. Os investidores reagiram bem a uma série de medidas anunciadas em vários países para tentar conter a sangria dos mercados financeiros. Na Europa, a ajuda ao mercado foi de mais de US$ 2 trilhões.

A alta veio depois de sete pregões seguidos de perdas - na sexta-feira (10), o índice Ibovespa havia caído 3,97%, acumulando queda de 44% no ano. Somente na semana passada, a desvalorização havia sido de 20%.

O volume financeiro negociado no dia foi de R$ 5,24 bilhões. Nenhuma das ações fechou em baixa no pregão desta segunda, sendo que houve recuperação do setor bancário - as ações do Itaú e do Unibanco, por exemplo, tiveram alta de mais de 20%. A Petrobras teve alta de mais de 12%, na esteira da alta do preço do petróleo. A Vale teve variação positiva de 13%.

Ajuda européia

No domingo, países da zona do euro se comprometeram a ajudar bancos, o que já se reverteu em medidas anunciadas no mesmo dia por Portugal, Noruega e Emirados Árabes. O valor total da ajuda passou de US$ 2 trilhões, segundo anúncios feitos hoje.

Já nesta segunda foi a vez de mais três países ajudarem suas instituições afetadas pela crise: a Grã-Bretanha divulgou a injeção de US$ 63 bilhões em três instituições; na França, foram 360 bilhões de euros; na Alemanha, o plano terá US$ 655 bilhões, a Espanha, 100 bilhões de euros. O governo da Espanha também anunciou que destinará 100 bilhões de euros em um plano de ajuda para os bancos.

BCs atuantes

Ação coordenada dos BCs também promete injetar bilhões de dólares no mercado, por meio de um programa de liberação de todos os depósitos compulsórios sobre depósitos a prazo, cuja alíquota é de 15%, sobre depósitos interfinanceiros (leasing) e sobre a alíquota adicional de 5% de depósitos à vista e a prazo.

No Brasil, o BC informou nesta segunda que vai injetar mais R$ 100 bilhões no mercado por meio de nova mudança nas regras dos depósitos compulsórios dos bancos.

Lá fora

As bolsas dos Estados Unidos fecharam em forte alta. O índice Dow Jones, referência para o mercado de Nova York, teve alta de mais de 11% no dia, seguindo o bom humor geral do mercado externo.

No mercado europeu, o movimento também foi de forte alta. As principais bolsas do continente tiveram forte alta. Paris registrou a maior valorização dos últimos 20 anos, subindo 11,18%, enquanto Frankfurt e Londres avançaram, respectivamente, 11,4% e 8,26%.

O plano da zona do euro animou as bolsas asiáticas. A bolsa de Hong Kong foi o destaque do dia, encerrando em alta de 10,24%. A bolsa de Tóquio não operou nesta segunda-feira devido a um feriado no país.

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