A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou a rodada de negócios de ontem em seu nível de preços mais alto em quase 30 dias. Volatilidade, mais uma vez, foi a palavra que definiu a jornada dos mercados nesta semana, com a expectativa de que finalmente as lideranças europeias vão chegar a um acordo para enfrentar a crise das dívidas soberanas, provavelmente com o reforço do fundo de estabilidade financeira.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, teve ganho de 2,31% no fechamento, atingindo os 55.255 pontos. Neste mês, o termômetro da Bovespa acumula ganho de 5,6%, mas neste ano ainda tem uma desvalorização de 20,3%. O dólar comercial foi negociado por R$ 1,780, em um decréscimo de 0,50%.
As principais Bolsas europeias finalizaram os negócios no terreno positivo. Em Londres, o índice FTSE subiu 1,93%, enquanto em Frankfurt, o Dax teve alta de 3,54%. Nos EUA, a Bolsa de Nova York teve valorização de 2,31%, pela referência do índice Dow Jones. Pelo índice mais abrangente S&P500, a alta foi de 1,88%.
"O mercado está contando que devem surgir notícias melhores na reunião dos ministros da zona do euro deste final de semana. Mas o dia realmente será a quarta-feira, quando a [chanceler alemã] Angela Merkel vai se dirigir ao parlamento alemão", comenta Renato Bandeira de Mello, gerente de renda variável da corretora Futura. Bandeira, no entanto, avalia que a volatilidade vai continuar alta pelos próximos meses, já que os investidores vão querer conferir a eficácia das medidas anunciadas para enfrentar os problemas do Velho Continente.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião