A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ensaia uma reação nesta terça-feira (30), após o pregão turbulento da véspera, onde as negociações foram interrompidas após caírem 10% com a rejeição ao pacote de ajuda financeira nos EUA.

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Às 14h42, o índice Ibovespa - principal referência para o mercado brasileiro - mostrava alta de 5,53%, operando aos 48.573 pontos. O presidente dos Estados Unidos, George Bush, fez um novo pronunciamento nesta terça-feira(30), dizendo que "estamos numa situação urgente e as conseqüências ficarão piores a cada dia". Na segunda-feira (29), o presidente se disse desapontado com a atitude dos congressistas, que, por 228 votos a 205, disseram "não" ao plano de US$ 700 bilhões para sanear o setor financeiro.

Expectativas

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A expectativa de que os congressistas americanos podem aprovar um novo plano de ajuda, semelhante ao que foi rejeitado ontem pela Câmara dos EUA. Também correm rumores de que os bancos centrais podem cortar juros como forma de estimular a liquidez.

Em Nova York, as bolsas também operam de olho numa possível solução para a crise. Depois de ter registrado a maior queda em pontuação da história, os indicadores de Wall Street registram valorização de mais de 2%.

Panorama internacional

As bolsas de valores da Europa fecharam em alta nesta terça-feira (30), recuperando parte do terreno perdido após terem atingido o menor nível em três anos e meio na véspera.

Na Ásia, as bolsas permaneceram em turbulência e encerraram em forte queda, ainda sob efeito das notícias de ontem. O índice Nikkei 225 da bolsa de Tóquio registrou baixa de 4,12%, seu nível mais baixo em três anos. O índice MSCI de ações da Ásia-Pacífico, excluindo o mercado japonês, caiu 3,1%.

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Interrupção

Na segunda-feira, a Bovespa teve baixa de 9,36%, aos 46.028 pontos - uma queda de cerca de 40% em relação ao pico histórico dos negócios, atingido em maio deste ano.

A baixa registrada no dia mais turbulento dos mercados este ano foi a maior desde 14 de janeiro de 1999, quando a Bovespa fechou em baixa de 9,97%, na véspera da adoção do câmbio livre no país.

A segunda-feira foi marcada pela interrupção dos negócios pouco depois das 15h, após o Ibovespa despencar mais de 10% - ativando o chamado 'circuit breaker', sistema que paralisa as negociações para evitar variações bruscas. Depois da retomada das operações, a queda manteve-se alta, perdendo parte da força nos minutos finais do pregão.

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