Após operar em queda durante todo o dia, a Bovespa "virou" por volta das 15h30 e opera em alta. Entre os fatores que explicam a mudança estão o fechamento positivo na Europa, o ânimo dos investidores nos EUA e a redução das perdas da Vale do Rio Doce. Com isso, o Ibovespa - referência para o Brasil - exibia alta de 0,13% às 16h55, somando 37.499 pontos.
Caso a Bovespa feche em alta no último pregão da semana, acumulará quatro pregões consecutivos de valorização. Até quinta, com as três altas, o índice acumulava ganhos de 18,95% na semana, apesar da queda de 6,5% registrada na segunda-feira (27). Até ontem, as perdas no ano, que já contabilizaram 54%, foram reduzidas a 41,38%.
Um dos fatores que pesou sobre o resultado da Bovespa pela manhã foi o anúncio da mineradora Vale fará um ajuste em sua produção, por conta do cenário global de desaceleração econômica. Para isso, a companhia irá interromper temporariamente a operação de várias instalações e dará férias coletivas a funcionários.
Entretanto, depois de declarações do presidente da empresa, Roger Agnelli, que previu uma retomada do mercado de mineração a partir do segundo trimestre de 2009, as ações da empresa reduziram a baixa. Chegaram a cair mais de 4% pela manhã, e por volta das 16h55 operavam em leve alta.
Cenário externo
Embora os Estados Unidos tenham divulgado dados negativos sobre a confiança do consumidor e gastos das famílias, a Bolsa de Nova York confirmou um dia positivo no início da tarde. Por volta da 15h30, o índice Dow Jones - referência para Wall Street - operava em alta de mais de 2%.
As bolsas de valores da Europa fecharam em alta nesta sexta-feira, marcando a quarta sessão de valorização das ações. O FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações da Europa, teve alta de 2,7%. Na semana, o indicador acumulou alta de 11,8%, embora tenha caído 12,8% em outubro.
Na Ásia, o dia foi de perdas, mesmo com o corte nos juros do Japão. Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei encerrou em baixa de 5,01%. O indicador perdeu 452,78 pontos, encerrando série de forte altas. Tóquio encerrou assim com mais uma baixa considerável no complicado mês de outubro, no qual o Nikkei perdeu 23,83% do valor.