Num dia farto de indicadores econômicos e dados corporativos desencontrados, o efeito da alta das matérias-primas sobre companhias domésticas foi o fiel da balança na bolsa paulista, que renovou a máxima do ano pela quinta sessão consecutiva.
Fortalecido principalmente pelas gigantes Petrobras e Vale, duas sessões antes do exercício de opções, o Ibovespa subiu 0,76 por cento, para fechar o dia apontando 66.703 pontos, maior fechamento desde 18 de junho de 2008. O giro financeiro da sessão foi de 6,35 bilhões de reais.
Para profissionais do mercado, a alta das commodities foi o que refletiu mais intensamente o otimismo do mercado com os sinais de recuperação da economia global, depois de a China ter divulgado na quarta-feira números surpreendentes do comércio exterior em setembro, com destaque para importações de metais.
Diante disso, os negócios com ações de mineradoras passaram a refletir especulações de que gigantes do setor já estariam negociando com a China reajustes nos preços do minério de ferro para 2010.
Em outra frente, a cotação do barril do petróleo saltou mais de 3 por cento, para cima dos 77 dólares, após a notícia de que os estoques do produto caíram inesperadamente nos Estados Unidos.
Esse pano de fundo foi a senha para os investidores que apostam na alta das blue chips domésticas, centro da disputa do mercado de opções, que tem exercício na próxima segunda-feira (19).
A ação preferencial da mineradora Vale subiu 0,7 por cento, para 40,69 reais, enquanto a preferencial da Petrobras avançou 1,24 por cento, a 36,60 reais.
Vale acabou puxando consigo as siderúrgicas, como Gerdau, com elevação de 4,3 por cento, a 29,87 reais. CSN cresceu 2 por cento, a 61,80 reais.
"Além disso, o fluxo de recursos segue positivo para a bolsa, especialmente para as ações que ainda não se recuperaram totalmente da queda sofrida durante a crise", disse Hamilton Moreira, analista senior do BB Investimentos.
Nesse quesito, as companhias aéreas estiveram entre as mais cobiçadas. Gol ganhou 2,7 por cento, a 19,30 reais, enquanto TAM subiu 1,6 por cento, a 25,50 reais.
Diante disso, os desencontrados sinais econômicos e corporativos no exterior, que chegaram a empurrar Wall Street para baixo pela manhã ficaram em segundo plano.
No plano econômico, os investidores souberam que a atividade manufatureira da região do Meio-Atlântico dos EUA cresceu menos que o esperado em outubro, mas também que o número de novos pedidos de seguro-desemprego no país caiu na semana passada para o menor nível em nove meses.
Os dados corporativos também vieram no esquema de gangorra. Enquanto Nokia, maior fabricante mundial de celulares, e Citigroup frustraram os investidores ao reportarem prejuízos surpreendentes, o Goldman Sachs reportou lucro acima das previsões de analistas.
Depois de passar a sessão gravitando em torno da estabilidade, o índice Dow Jones da Bolsa de Nova Iorque fechou o dia com leve alta de 0,47 por cento, na máxima do dia.
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