Sindicato fez manifestação na segunda-feira no Palácio Avenida logo após o anúncio da compra do HSBC pelo Bradesco| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Bradesco e HSBC sinalizaram nesta terça-feira (4), durante reunião com sindicalistas representantes dos bancários, que não haverá demissão em massa no desenrolar do processo de aquisição do banco inglês pela instituição brasileira.

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“Os dois bancos afirmam que não haverá demissão em massa e reiteram a disposição de diálogo com o movimento sindical. Até que saia a aprovação da venda, que pode durar seis meses, a gestão será do HSBC e o compromisso dos dois bancos é de manter a transparência com os sindicatos e os trabalhadores”, disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Em Curitiba

O encerramento das atividades do HSBC no Brasil tem impacto direto em Curitiba. Na capital, onde fica sua sede administrativa, o banco britânico emprega atualmente 7,1 mil pessoas, sem contar estagiários e terceirizados. O número é equivalente a todos os empregos gerados pela economia da cidade no ano passado – 7.106 vagas, segundo o Ministério do Trabalho.

A operação brasileira do HSBC Global Technology (GLT), que tem uma de suas seis sedes globais em Curitiba, também entrou no pacote adquirido pelo Bradesco. A GLT tem cerca de 700 funcionários na cidade trabalhando no desenvolvimento de softwares e serviços usados pelo HSBC em vários países

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Representantes do Sindicato dos Bancários de São Paulo e Curitiba, Federação do Paraná/Fetec-CUT e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniram nesta terça-feira com a direção dos bancos Bradesco e HSBC para garantir a manutenção dos empregos e direitos dos trabalhadores, após o anúncio da aquisição do banco inglês.

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A reunião foi pedida segunda-feira pela Contraf-CUT, e tão logo o HSBC fez o anúncio da venda de sua subsidiária brasileira ao Bradesco a direção das duas instituições entraram em contato com os sindicalistas e marcaram o encontro para esta terça. O Bradesco deve desembolsar US$ 5,2 bilhões (ou R$ 17,6 bilhões) pelo HSBC Brasil. A operação ainda depende da aprovação das autoridades.

O objetivo do encontro era definir o futuro dos 20.165 funcionários do HSBC espalhados pelo Brasil. Mas, pelos relatos dos sindicalistas, a conversa foi tranquila.

“A reunião nos tranquiliza porque eles garantiram que não haverá demissão em massa, mas vamos ficar atentos e acompanhar os desligamentos dos dois bancos. O banco também afirmou que o Bradesco, entre os interessados pela compra do HSBC, é o que apresenta maior complementariedade em relação a produtos, serviços e rede de agências, gerando menos atritos”, afirmou o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.

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