Bradesco e HSBC sinalizaram nesta terça-feira (4), durante reunião com sindicalistas representantes dos bancários, que não haverá demissão em massa no desenrolar do processo de aquisição do banco inglês pela instituição brasileira.
“Os dois bancos afirmam que não haverá demissão em massa e reiteram a disposição de diálogo com o movimento sindical. Até que saia a aprovação da venda, que pode durar seis meses, a gestão será do HSBC e o compromisso dos dois bancos é de manter a transparência com os sindicatos e os trabalhadores”, disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Em Curitiba
O encerramento das atividades do HSBC no Brasil tem impacto direto em Curitiba. Na capital, onde fica sua sede administrativa, o banco britânico emprega atualmente 7,1 mil pessoas, sem contar estagiários e terceirizados. O número é equivalente a todos os empregos gerados pela economia da cidade no ano passado – 7.106 vagas, segundo o Ministério do Trabalho.
A operação brasileira do HSBC Global Technology (GLT), que tem uma de suas seis sedes globais em Curitiba, também entrou no pacote adquirido pelo Bradesco. A GLT tem cerca de 700 funcionários na cidade trabalhando no desenvolvimento de softwares e serviços usados pelo HSBC em vários países
Representantes do Sindicato dos Bancários de São Paulo e Curitiba, Federação do Paraná/Fetec-CUT e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniram nesta terça-feira com a direção dos bancos Bradesco e HSBC para garantir a manutenção dos empregos e direitos dos trabalhadores, após o anúncio da aquisição do banco inglês.
Anúncio
A reunião foi pedida segunda-feira pela Contraf-CUT, e tão logo o HSBC fez o anúncio da venda de sua subsidiária brasileira ao Bradesco a direção das duas instituições entraram em contato com os sindicalistas e marcaram o encontro para esta terça. O Bradesco deve desembolsar US$ 5,2 bilhões (ou R$ 17,6 bilhões) pelo HSBC Brasil. A operação ainda depende da aprovação das autoridades.
O objetivo do encontro era definir o futuro dos 20.165 funcionários do HSBC espalhados pelo Brasil. Mas, pelos relatos dos sindicalistas, a conversa foi tranquila.
“A reunião nos tranquiliza porque eles garantiram que não haverá demissão em massa, mas vamos ficar atentos e acompanhar os desligamentos dos dois bancos. O banco também afirmou que o Bradesco, entre os interessados pela compra do HSBC, é o que apresenta maior complementariedade em relação a produtos, serviços e rede de agências, gerando menos atritos”, afirmou o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast