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O governo do Brasil avalia realizar compras de café com o objetivo de dar suporte aos preços internos por meio de outros programas, além dos leilões de contratos de opção de venda realizados nesta e na semana passada.

"Para este ano, é possível que façamos aquisições (de café) além das opções", afirmou o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, após participar de uma feira de produtos orgânicos em São Paulo.

Por meio de contratos de opção de venda leiloados recentemente, os produtores garantiram o direito de vender ao governo 3 milhões de sacas de 60 kg de café da safra 2009/10.

A avaliação de Stephanes supostamente levaria em consideração a possibilidade de os preços internos não reagirem com os leilões de opções.

Até o momento, os preços internos sofreram poucas alterações, e estão em torno de 260 reais por saca para o produto fino, de acordo com a corretora Carvalhaes.

De posse dos contratos adquiridos, os produtores poderão exercer a opção de vender o café ao governo a preços entre 303,50 e 314,40 reais, dependendo da época de vencimento da opção, que vai de novembro a março, se os preços de mercado estiverem abaixo dos valores estabelecidos nos leilões.

Mas, caso o programa de opções não dê os resultados que o governo espera, uma das alternativas seria a compra governamental direta do produto, eventualmente a um valor pré-estabelecido, que poderia ser o preço mínimo de 261,69 reais por saca.

O produto eventualmente adquirido pelo governo por meio das opções terá como destino os estoques públicos, o que marca também o reinício da política governamental de compra de café.

Se eventualmente compras diretas acabarem sendo feitas, essa política seria reforçada, e reduziria ainda mais a oferta de café da safra 2009/10, numa temporada de baixa do ciclo bianual do arábica, cuja produção está prevista em 39 milhões de sacas, incluindo o café da variedade robusta.

Em 08/09, o Brasil produziu 46 milhões de sacas, de acordo com o Ministério da Agricultura.

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