O mercado de trabalho começou o ano de 2016 com o fechamento de 99,69 mil vagas formais, segundo dados relativos a janeiro divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho. O resultado acentua a depreciação do emprego no país que, no acumulado dos últimos 12 meses, já supera a marca de 1,59 milhão de postos cortados.
No Paraná, o saldo do emprego formal foi positivo, com a abertura de 1.074 vagas no primeiro mês do ano. Ainda assim, foi a menor geração para o mês desde 2009, quando 1.592 postos foram criados. Entre as regiões metropolitanas, a Grande Curitiba se sobressaiu, terminando o mês com 318 postos positivos. No conjunto das nove áreas metropolitanas, porém, ocorreu queda de 0,41% em janeiro, com perda de 65.272 postos de trabalho.
Quase todos os setores do país registraram queda do nível do emprego. O pior impacto se deu no comércio, que perdeu 69.750 postos. No setor de serviços, a baixa foi de 17.159 postos e na indústria de transformação, de 16.553. Construção civil (-2.558 postos) e extrativa mineral (- 1.220 postos) seguiram as tendências de baixa verificadas anteriormente. A única exceção foi a agricultura, que registrou aumento de mais de 8.700 postos. No Paraná, os setores de serviços (2.510 vagas) e construção civil (1.412 vagas) contribuíram para o resultado positivo. A exemplo do resultado nacional, o comércio foi o que mais cortou postos com carteira assinada no estado: 3.617.
A maior redução no emprego ocorreu no Rio de Janeiro, com 25.549 postos perdidos, devido à forte queda dos setores do comércio e serviços no estado. Dentre os estados que expandiram vagas, além do Paraná, estão Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso e Paraíba.
O movimento de queda mais brusca se desencadeou em novembro, quando foram encerradas mais de 130 mil vagas. Em dezembro de 2015, a queda foi de mais de 596 mil postos, resultado puxado pelas demissões dos trabalhadores contratados temporariamente nos meses anteriores para atender a demanda das festas de Natal e Ano Novo.
O mercado de trabalho brasileiro vem sofrendo os efeitos da desaceleração econômica e do clima de incertezas em relação à retomada, prejudicado especialmente pelas demissões na indústria e na construção civil, com o fechamento de mais de 1,5 milhão de vagas em 2015, o pior resultado desde 1992, quando teve início a série estatística do governo.
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