Um avião da companhia aérea de baixo custo Azul fez com sucesso, nesta terça-feira (19), o primeiro voo experimental com biocombustível de cana-de-açúcar, capaz de reduzir em até 82% a contaminação gerada pelo combustível fóssil, anunciou a empresa em um comunicado.
O jato E195, da fabricante brasileira Embraer, partiu da cidade de Campinas, no estado de São Paulo, e aterrissou no Rio de Janeiro, que sedia esta semana a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
O voo serviu para testar pela primeira vez um combustível renovável para aviões de pequeno porte, produzido a partir da cana-de-açúcar.
"Os testes feitos pela Embraer com o biocombustível de (a empresa) Amyris no Brasil foram um sucesso (...) Estamos felizes com o sucesso técnico deste programa", afirmou Mauro Kern, vice-presidente de Engenharia e Tecnologia da Embraer.
O biocombustível, desenvolvido a partir de microorganismos modificados que transformam o açúcar em combustível, poderá reduzir dramaticamente a emissão de gases causadores de efeito estufa, segundo os encarregados do projeto.
A Azul, terceira companhia aérea brasileira, com cobertura de 10% do mercado local, prevê no médio prazo incorporar o produto em seus voos comerciais, segundo Adalberto Febeliano, porta-voz da companhia.
"O Brasil tem abundância de terras produtivas, o que faz com que o cultivo de cana-de-açúcar não compita com os demais cultivos" de alimentos, acrescentou Febeliano.
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