Apenas nos fatores mão de obra e tecnologia e inovação o Brasil não está no terço inferior do ranking.| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

O Brasil seguiu como um dos países que oferece menor competitividade às suas empresas em 2014, segundo estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgado nesta quarta-feira (14).

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De acordo com o trabalho, a economia brasileira está à frente apenas da Argentina em relação aos fatores que influenciam à capacidade de competição das empresas no mercado. Para a comparação, foram selecionados 14 países considerados concorrentes diretos do Brasil. São eles: Argentina, Colômbia, México, Polônia, Turquia, Índia, Rússia, África do Sul, Chile, China, Espanha, Austrália, Coreia do Sul e Canadá.

O ranking foi montado a partir da análise da qualidade da infraestrutura e da educação de cada país, do custo e da disponibilidade de mão de obra doméstica, do peso dos impostos, do custo do capital para as empresas, do ambiente macro e microeconômico e do nível de tecnologia e inovação das nações.

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O cruzamento destes indicadores levou o Brasil ao penúltimo lugar na lista pela quarta vez consecutiva. O desempenho do país poderia ser pior não fosse a grande quantidade de trabalhadores disponíveis no mercado. Neste quesito, o país perde apenas para a China e para o México, onde há ainda mais gente disposta a trabalhar.

Assim, mesmo com o custo elevado dos empregados para as empresas (o país está em 10º lugar na análise de custo) e a baixa produção por trabalhador (12º lugar em produtividade), o Brasil conseguiu ganhar posições no quesito mão de obra. Saiu da sétima para a quarto posição, ficando atrás somente de México, Chile e Colômbia no ano passado.

Crédito caro

Segundo o trabalho, apenas nos fatores mão de obra e tecnologia e inovação o Brasil não está no terço inferior do ranking, ou seja, entre a 15ª e a 11ª posição.

Onde o país vai pior é no quesito disponibilidade e custo de capital. O estudo nota que Brasil tem a taxa de juros real de curto prazo mais alta entre os países analisados.

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O Brasil avançou uma posição no fator peso dos impostos, mas ainda é um dos países onde a tributação mais atrapalha as empresas. Entre os 15 países analisados, ocupa a 13ª posição.

Outro quesito onde houve melhora foi o ambiente microeconômico, onde a economia brasileira subiu do 13º para o 11º lugar. De acordo com a CNI, contudo, o Brasil piorou nos fatores infraestrutura (caiu da 13ª para a 14ª posição) e ambiente macroeconômico (do 10º para o 12º lugar).

No caso do quesito infraestrutura, houve deterioração dos indicadores de eficiência alfandegária, capacidade logística, pontualidade no cumprimento de prazos e rastreabilidade. "Para ganhar competitividade, é preciso reduzir o custo Brasil.

Além de ajudar as empresas a enfrentar a concorrência, estimular os investimentos na melhoria da produtividade", diz Renato da Fonseca, gerente da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI. O Canadá liderou o ranking geral, como o país que mais ajuda a competitividade de suas empresas. O país foi seguido pela Coréia do Sul e Austrália.

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