No relatório do ano passado, a AIE previa produção de 3,21 milhões de barris diários em 2020 no Brasil. Agora, espera 3,16 milhões de barris para o mesmo ano| Foto: Agência Petrobras/Agência Petrobras

O Brasil será responsável pelo segundo maior aumento da produção de petróleo entre os países que não fazem parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) no médio prazo. A previsão foi divulgada na manhã desta segunda-feira (22) pela Agência Internacional de Energia (AIE).

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A entidade avalia que, a despeito dos problemas enfrentados pela Petrobras, o país será capaz de aumentar a produção em cerca de 800 mil barris diários até 2021, quando a produção deve atingir 3,36 milhões de barris diários de petróleo.

Relatório com a atualização do cenário global para o mercado de petróleo afirma que “a despeito de todos os problemas logísticos e institucionais” enfrentados pelo Brasil, a produção de petróleo crescerá. “A oferta de petróleo do Brasil passará do patamar de 2,5 milhões de barris diários em 2015 para 3,4 milhões de barris em 2021. Parece que, pelo menos até agora, as novas instalações mais que compensarão o declínio em alguns campos de produção”, cita o relatório.

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Apesar de o Brasil aparecer com lugar de destaque entre os países com aumento da produção, a AIE reconhece que o cenário para a estatal Petrobras não é dos melhores. “A Petrobras não lida apenas com os preços mais baixos do petróleo, mas também com um escândalo de corrupção, atrasos em licitações e na produção, dívida enorme e problemas econômicos e políticos mais amplos”, cita o relatório.

Rebaixamento

Por isso, diz a AIE, a estimativa para a produção de médio prazo do Brasil foi “marginalmente rebaixada”. No relatório do ano passado, a AIE previa produção de 3,21 milhões de barris diários em 2020. Agora, espera 3,16 milhões de barris para o mesmo ano. Em 2021, a produção atingirá 3,36 milhões de barris.

A AIE relata os vários problemas que a empresa estatal tem enfrentado. Cita, por exemplo, o corte no plano de investimentos da companhia que reduziu pela metade a produção prevista para 2019, de 4,2 milhões de barris para 2,8 milhões de barris.

Além de cortar projetos futuros, a empresa tem sofrido com atrasos de empreendimentos já contratados como 12 plataformas para o pré-sal. “Incertezas sobre a conclusão e desenvolvimento desses equipamentos são claramente o fator principal no julgamento de como o Brasil conseguirá aumentar a produção durante o período da previsão”, cita o texto.

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