O comércio bilateral entre o Brasil e os países árabes fechou 2010 com um superávit recorde, favorável ao país, de US$ 5,61 bilhões, o que indica uma alta de 34,8% na comparação com 2009. O dado foi divulgado nesta terça-feira pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, que representa 22 países da região. Este é o maior valor desde 2002, quando o balanço começou a ser realizado pela entidade. Em 2009, o superávit foi de U$ 4,16 bilhões, também favorável ao Brasil.

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As exportações do Brasil para os países árabes também atingiram um recorde histórico no ano passado, totalizando US$ 12,57 bilhões, um crescimento de 34% ante 2009. As importações provenientes de países árabes somaram US$ 6,96 bilhões em 2010, alta de 36% na comparação com o ano anterior. "Vemos esses números com muito otimismo, pois é importante lembrar que vários países no mundo ainda se recuperam da retração do comércio global", destacou o presidente da Câmara Árabe, Salim Taufic Schahin. "As perspectivas para este ano são excelentes. Projetamos um incremento para 2011 de cerca de 15% nas exportações", afirmou.

Por conta da crise financeira internacional, as importações brasileiras da região em 2009 tiveram queda de 50,18% na comparação com o registrado em 2008 e as exportações brasileiras recuaram 4,36% no mesmo período. De acordo com Schahin, a corrente comercial atingiu em 2010 US$ 19,5 bilhões, valor próximo dos US$ 20,5 bilhões registrados em 2008.

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Do total de US$ 12,57 bilhões das exportações brasileiras no ano passado, a Arábia Saudita foi o principal destino, com valor correspondente a US$ 3,09 bilhões. Em seguida vieram Egito, com US$ 1,97 bilhão, Emirados Árabes, com US$ 1,85 bilhão e Argélia, com US$ 838 milhões. O crescimento foi puxado pelo segmento de açúcares e produtos de confeitaria, cujo crescimento ante 2009 foi de 50% e representou US$ 3,86 bilhões. Depois aparecem os segmentos de carnes, com US$ 3,23 bilhões, e minérios, com US$ 2 20 bilhões. "Hoje as exportações estão concentradas em açúcar e carne, mas existem oportunidades também para cereais e alimentos industrializados", afirmou o presidente da entidade.

Em relação às importações brasileiras, que totalizaram US$ 6,96 bilhões, o crescimento foi puxado pelos países do Golfo Arábico, cujo crescimento em relação ao ano passado foi de 59%, totalizando US$ 2,75 bilhões. O Norte da África aparece em seguida, com US$ 3,42 bilhões. Na lista dos principais produtos importados figuram os combustíveis minerais, que representam 82 48% do total, com US$ 5,74 bilhões. Na sequência estão adubos e fertilizantes, que totalizaram US$ 654 milhões, e produtos como sal, gesso e cimento, com US$ 172,7 milhões.