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O setor público brasileiro registrou superávit primário de 9,514 bilhões de reais em fevereiro, o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica em 2001, informou o Banco Central nesta sexta-feira (30).

Em 12 meses até fevereiro, a economia feita para pagamento de juros, foi equivalente a 3,33% do Produto Interno Bruto (PIB). Economistas consultados pela Reuters previam que o resultado primário ficaria positivo em 7,3 bilhões de reais no mês passado.

A meta do setor público, formado por governo central (governo federal, BC e INSS), governos regionais (Estados e municípios) e empresas estatais, é de 139,8 bilhões de reais neste ano, o que equivale a cerca de 3% do PIB.

Para alcançar o melhor resultado primário para o mês, os governos regionais contribuíram com 5,070 bilhões de reais, além dos 5,317 bilhões de reais do governo central. Já as empresas estatais registraram um déficit primário de 872 milhões de reais.

Apesar do esforço maior, o país registrou déficit nominal - receitas menos despesas, incluindo pagamento de juros- de 8,755 bilhões de reais no mês passado.

Isso ocorreu pela apropriação de juros de 18,269 bilhões de reais no mês passado que, apesar de elevada, foi menor do que a vista em janeiro deste ano (19,661 bilhões de reais) e fevereiro de 2011 (19,115 bilhões de reais) por conta da Selic menor -hoje em 9,75%- e pela menor variação dos índices de preços, segundo o BC.

Em janeiro, o superávit primário economia havia ficado em 26,016 bilhões de reais, também o melhor para esse mês desde o início da série histórica em 2001. Com isso, o país chegou a registrar superávit nominal de 6,355 bilhões de reais, o primeiro desde setembro de 2010, quando havia ficado positivo em 11,998 bilhões por conta de um desempenho atípico graças à capitalização da Petrobras.

Dívida

A autoridade monetária informou ainda que a dívida pública do setor público representou 37,5% do PIB em fevereiro, dentro da estimativa do BC, enquanto que a dívida bruta ficou em 55,7% do PIB.

As contas do setor público devem ser impactadas por desonerações previstas para estimular o setor industrial, arrecadação com crescimento bem inferior do que no ano passado, além de um esperado aumento nos investimentos públicos.

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