Maior fabricante de produtos eletrônicos do mundo, a empresa de capital taiwanês Foxconn anunciou que pretende destinar US$ 12 bilhões para a construção no Brasil de uma fábrica de displays digitais utilizados em tablets, celulares, TVs e laptops, no que seria o maior investimento estrangeiro já recebido pelo País. A intenção foi comunicada ontem em Pequim à presidente Dilma Rousseff pelo dono da empresa, Terry Gou, o "Bill Gates da Ásia" segundo o ministro Aloizio Mercadante. "Vantagens tributárias serão discutidas, mas obviamente não fizemos essa discussão hoje", declarou a presidente Dilma Rousseff em entrevista coletiva na noite de ontem, durante a qual revelou a proposta da Foxconn.
Se o investimento for concretizado, a fábrica estará pronta em cinco anos e vai gerar 100 mil empregos diretos, sendo 20 mil para engenheiros. Analistas de mercado e executivos do setor questionam os números do investimento. Para eles, não é real falar em 100 mil contratações.
O governo negocia com a Foxconn há três meses e o objetivo inicial era que o encontro ocorresse em março no Brasil. Os planos acabaram adiados por causa do terremoto que atingiu o Japão no dia 11 e afetou toda a cadeia de produção e distribuição de componentes eletrônicos da qual a Foxconn participa.
Segundo Mercadante, a fábrica demandará o desenvolvimento de infraestrutura, como redes de fibra óptica e logística de primeira linha para escoamento da produção. O governo espera que o projeto tenha um sócio brasileiro e envolva a transferência de tecnologia. A concessão de empréstimos oficiais também não está definida, disse o ministro.
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