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Braskem e Pequiven revisam projetos na Venezuela

A Braskem anunciou nesta quarta-feira (28) que decidiu alterar com a Pequiven --braço petroquímico da venezuelana PDVSA-- a modelagem dos seus projetos na Venezuela.

Segundo a Braskem, as principais mudanças deverão ocorrer no projeto da unidade industrial de polipropileno sob responsabilidade da Propilsur, "que teria sua localização e dimensão alteradas, permitindo manter o cronograma de sua implementação e reduzir em aproximadamente 60 por cento o investimento necessário".

O projeto original previa a instalação de uma unidade de produção da matéria-prima propeno, integrada a uma planta de polipropileno com capacidade para produzir 450 mil toneladas por ano, que seria construída no Complexo Industrial de Jose.

"Levando em consideração a retração do mercado internacional de crédito, ocorrida desde o início da crise de 2008, e os altos custos do projeto original, estimados em cerca de 1 bilhão de dólares, em dezembro de 2009 a PDVSA apresentou uma alternativa de fornecimento de matéria-prima, a partir do Complexo de Refinação de Paraguaná", conforme a Braskem.

"Diante da proposta, Pequiven e Braskem aceitaram avaliar a mudança de local da planta de polipropileno", acrescentou a petroquímica brasileira em comunicado.

O fornecimento da matéria-prima, segundo a Braskem, deverá ser suficiente para a construção de uma planta com capacidade para 300 mil toneladas por ano de polipropileno, fazendo com que o investimento seja reduzido.

"Os estudos para a nova configuração do projeto Propilsur começarão em 15 dias e o início da operação deverá ser mantido para 2013, caso se confirmem as condições propostas por Pequiven, PDVSA e pelo governo venezuelano."

Além disso, Pequiven e Braskem concordaram em adiar por 1 ano a continuidade do projeto Polimerica, que previa três unidades de produção de polietileno com capacidade aproximada de 1,1 milhão de toneladas por ano, integradas a uma unidade de produção de eteno de 1,3 milhão de toneladas por ano mediante investimento de cerca de 3 bilhões de dólares.

Para a Braskem, o adiamento permitirá avaliar as condições e possibilidades de suprimento da matéria-prima ao projeto pelo Complexo Paraguaná. "Caso prevaleça esta decisão, as operações destas unidades poderiam ter início em 2015."

Os ajustes nos projetos serão tema de memorando a ser assinado nesta quarta-feira, em Brasília, durante encontro entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Venezuela, Hugo Chávez.

Será assinado também um aditivo ao contrato de fornecimento de nafta pela PDVSA à Braskem, aumentando seu prazo por mais dois anos e o volume de 500 mil para 750 mil barris mensais.

As ações da Braskem operavam em queda de 0,16 por cento às 16h36, a 12,38 reais. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,36 por cento.

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