As empresas de internet e o varejo, bem como o governo, precisam fazer muito mais para proteger as pessoas contra os perigos do "faroeste sem lei" do ciberespaço, afirmou um influente grupo de parlamentares britânicos nesta sexta-feira (10).
Em um relatório de tom crítico, os parlamentares afirmaram que o governo e o setor adotaram uma abordagem distanciada no combate ao crime on-line, e que isso poderia levar a uma perda de confiança pública na internet, algo que seria "economicamente desastroso".
Com a ascensão das fraudes na computação, as pessoas têm menos esperança de se proteger sem ajuda, afirmou o Comitê de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Lordes.
"Não se pode depender apenas de os indivíduos assumirem a responsabilidade por sua segurança", disse o lorde Broers, presidente do comitê. "Eles sempre terminarão enganados pelos vilões."
O crime on-line é uma das áreas de atividade criminal com mais rápido crescimento, não apenas no Reino Unido, e inclui vasta gama de atividades ilegais que inclui trapaças financeiras, atividades de hackers, download de imagens pornográficas, ataques por vírus e criação de sites que promovem o ódio racial.
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Os parlamentares dizem que o setor, que comporta os produtores de software e provedores de acesso à internet, além de bancos e lojas, precisa fazer mais para proteger os consumidores.
Também criticaram o governo por insistir que a responsabilidade pela segurança cabe aos usuários da web, os quais muitas vezes têm de encarar uma série "atordoante" de opções. "Isso deixou de ser realista, e agrava a percepção de que a internet é um faroeste sem lei", afirma o relatório.
O governo precisa cooperar com a União Européia para determinar se maior responsabilidade pela segurança poderia ser atribuída aos produtores de software e computadores, legalmente. Uma rede de laboratórios de computação policiais deveria ser estabelecida para combater o "florescente" setor de crime on-line.
"A escolha é entre intervir agora, para manter a ameaça à internet sob controle, ou permitir que ela cresça sem restrição e correr o risco de uma perda de confiança pública na internet em longo prazo, o que seria um desastre econômico," conclui o estudo.
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